sábado, 25 de agosto de 2012

ÍNDIA: MATERNIDADE DO MUNDO



ÍNDIA: MATERNIDADE DO MUNDO

A Índia teve na década de 1970 os maiores sinais de que havia uma crise demográfica prestes a surgir. Não era a primeira tentativa do governo para  criar um mutirão de operações de vasectomia (processo cirúrgico que  deixa o homem estéril). Entre 1976 e  1977, durante o governo da  primeira-ministra Indira Gandhi, foi triplicado o número de operações dessa natureza - foram feitas cerca de 6 milhões. Foram adotadas medidas como exigir a operação para que as famílias  pudessem obter novas moradias e outros  benefícios do governo. Mas estava  implantada basicamente uma histeria: a polícia chegava a simplesmente aglomerar a população mais carente e conduzi-los para lugares onde as cirurgias aconteciam de maneira improvisada.

A região sul do país, hoje, tem uma  taxa de 2,6 filhos por mulher. É  metade da taxa de meados do séc. XX, mas em regiões mais pobre, como no norte do país, o número é bastante alto. Na verdade, alto o suficiente  para que estimativas da ONU indiquem que o lugar mais provável para uma criança nascer, no mundo todo, é Uttar Pradesh, província do norte da Índia.

O problema: os indicadores sociais são  muito baixos, e naquela região a população é maior do que em todo o território brasileiro. Essa criança  que nasce em Uttar Pradesh  provavelmente terá pais analfabetos,  que não ganharão mais do que 550 dólares por ano. 

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