domingo, 2 de setembro de 2012

Geomorfologia Fluvial - Fisiografia Fluvial

Fisiografia Fluvial


  Tipos de Leito

Corresponde ao espaço ocupado pelas águas e, cuja freqüência das descargas e a topografia dos canais, podem assumir a seguinte classificação:

Leito Menor: é ocupado pela água, cuja freqüência impede o crescimento da vegetação, sendo delimitado por margens bem definidas;

Leito de Vazante: parte do canal que escoa suas águas dentro do leito menor, seguindo o talvegue;

  Leito Maior: é ocupado pelas águas do rio uma vez ao ano, durante as cheias;

 Leito Maior Excepcional: é ocupado durante as grandes cheias.


Tipos de Canais

A fisionomia que um rio exibe ao longo de seu perfil é descrita como retilínea, anastomosada e meândrica, e se constitui no chamado padrão dos canais.

Essa geometria é resultante do ajuste do canal, tendo em vista alguns processos como a descarga líquida, carga sedimentar, declividade, largura, profundidade do canal, velocidade do fluxo e rugosidade do leito.

Uma bacia hidrográfica pode apresentar os três tipos de canais espacialmente setorizados ou em um mesmo setor; ou seja, o setor de um rio pode ser anastomosado em período de estiagem e ser meândrico nos períodos de cheia.

Canal Retilíneo

Os canais retilíneos presentes na natureza são extremamente raros e, representam alguns trechos controlados por falhas tectônicas.

A condição básica para a existência de um canal reto é a presença de um leito rochoso que ofereça igualdade de resistência à atuação das águas.

Mesmo que o canal seja reto, sua topografia pode variar bastante, apresentando ao longo do rio, pequenas ilhas ou barras de sedimentos mais elevados.

Hoje, os canais retilíneos são mais freqüentes em decorrência da ação antrópica. (retificação)

Canal Anastomosado

  Se caracteriza por apresentar grande volume de carga detrítica, ocasionando sucessivas ramificações ou múltiplos canais que subdividem e se reencontram, separados por ilhas ou barras arenosas.

  As barras arenosas são bancos de detritos móveis carregadas pelas águas e ficam submersas durante as cheias. As ilhas são mais fixas no fundo do leito,

 Ambos podem ser estabilizados pela deposição de sedimentos mais finos ou pelo crescimento da vegetação.



A grande quantidade de detritos e a variação no volume de água permite a formação dos bancos de areia, que promove a separação da água e o ataque às margens


Canal  Meândrico

 São encontrados com maior freqüência em áreas úmidas e cobertas pela mata ciliar. Apresentam curvas sinuosas e semelhantes entre si.

 Apresentam uma certa estabilidade do canal, pelo ajustamento entre todas as variáveis hidrológicas; no entanto, este estado de equilíbrio pode ser alterado em função de atividades antrópicas nas margens.

O estágio inicial do meandramento começa pela definição das margens de erosão e deposição de sedimentos.
Meandros abandonados







 O meandro abandonado é muito procurado como área para extração de areia.

Terminologia específica

      Faixa de meandros: área da planície ocupada pelos meandros atuais;

       Colo: área do leito que separa os dois braços de meandro;

       Meandro abandonado: parte do leito “estrangulada” pela ação intensiva da erosão e do desenvolvimento de bancos sedimentares;

       Bancos de solapamento: surgem pela erosão por solapamento nas margens;

       Bancos ou Barra de sedimentos: surgem pelo transporte de sedimentos oriundos do solapamentos das margens.


Terraços Fluviais.

Os terraços fluviais representam antigas planícies de inundação que foram abandonadas.
Surgem pelo aumento da profundidade do canal, apresentando patamares aplainados, de largura variada, formados por sedimentos aluviais.

Tais terraços se localizam a uma determinada altura acima do curso d’água atual, que não consegue encobri-los nem mesmo na época das cheias.



























Ilustração sobre planícies de inundação.


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