quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Com dia mais seco em 3 anos, São Paulo entra em emergência



Com dia mais seco em 3 anos, São Paulo entra em emergência

A capital paulista passou, nesta terça-feira, pelo seu o dia mais seco dos últimos três anos e permaneceu em estado de emergência até às 19h por causa da baixa umidade. De acordo com a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, às 16h o aeroporto de Congonhas registrou 27°C de temperatura e umidade relativa de apenas 10%, valor considerado emergencial pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Campo de Marte, na zona norte, a umidade do ar era de apenas 12% no mesmo horário. Segundo a Defesa Civil, a última vez que os índices de umidade ficaram tão baixos foi em agosto de 2009, quando a estação automática do Mirante de Santana (INMET) registrou valor de 10%.

Em todo o Estado, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês de agosto teve 13 dias com umidade abaixo de 35% e sete dias abaixo de 30%. Para a OMS, o ideal é que a umidade fique acima dos 60% para o bem-estar do ser humano.

Em Barueri, na região metropolitana, o nível de umidade chegou a 14% nesta tarde; em Votuporanga, noroeste do estado, a 18%; Piracicaba, 20%; e em Itapira, perto de Campinas, 14%. Segundo o Inmet, essas taxas devem baixar até dez pontos no decorrer da tarde, no interior do estado.

Segundo Marcelo Schneider, meteorologista do Inmet, apesar de mais de um mês sem chuvas significativas, o mês de agosto ano não deve ser o mais crítico, já que há previsão de chuviscos para o próximo fim de semana e de chuva no início da próxima semana.

Em 2010, foram registrados 0,4 mm de precipitação (chuva) em agosto. No ano seguinte foram 45,2 mm e, até agora, em 2012, só choveu 0,3 mm no mês. "Vai haver uma virada no tempo no final de semana, e temos previsão de chuva, de segunda a quarta-feira". De acordo com o meteorologista, agosto é normalmente o mês mais seco do ano.

Schneider explicou que, o grande problema não está sendo o nível de umidade do ar e, sim, a quantidade de dias sem chover, já que, desde 18 de julho, não chove significativamente. "Sem chuva, o ar fica muito poluído na cidade e, com o bloqueio atmosférico, que é quando a frente fria não consegui vir do Sul do País, o ar fica parado". Ele destacou que, com nessa situação, fica mais perceptível a poluição local e das queimadas que vêm do interior.

Ainda de acordo com o meteorologista, levando em consideração os índices extremos, registrados até esta terça-feira pela manhã, não havia sido verificado nível tão crítico de umidade. Ele explicou que o ar fica seco, não só devido à falta de chuvas, mas porque o vento está soprando do norte, o que faz com que a umidade caia muito. "Esse vento vem na região central do Brasil. Quando vem do leste, traz a brisa marítima e a umidade aumenta um pouco".

As temperaturas variam entre 13°C e 27°C, com o sol forte durante todo o dia, o que não deve mudar até sexta-feira, quando aumenta a nebulosidade. No interior do Estado, também não deve chover, e as máximas devem chegar a 28°C.

Para amenizar os efeitos negativos do tempo seco, a recomendação é ingerir bastante líquido, não fazer exercícios físicos entre as 10h e as 17h, período em que a umidade do ar fica mais baixa, deixar um recipiente com água ou um pano molhado no quarto antes de dormir, não usar o umidificador elétrico por muitas horas seguidas, para evitar que o ambiente fique muito úmido e cause mofo e bolor, lavar as narinas com soro fisiológico ou fazer inalações com o produto, manter os ambientes arejados e livres de tabaco e poeira, além de evitar frequentar lugares fechados em que haja grande concentração de pessoas.

Com informações da Agência Brasil
Fonte: noticias.terra.com.br

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