segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Xenofobia


O ódio ao estrangeiro, ou xenofobia, e o racismo crescem rapidamente no mundo globalizado. A concorrência no mercado de trabalho tem sido a principal causa da discriminação de imigrantes nos países ricos. Mas não é a única.
Grupos extremistas unem xenofobia à intolerância contra as minorias (negros e homossexuais) e praticam atos de extrema violência. É o caso dos SKINHEADS, organização neonazista que age, sobretudo na Alemanha.
Xenofobia é comumente associado à aversão a outras raças e culturas. É também associado à fobia em relação a pessoas ou grupos diferentes, com os quais o indivíduo que apresenta a fobia habitualmente não entra em contato e evita. Existem dois tipos de xenofóbicos, os mais extremados, que pregam que todos que possuem cultura e/ou etnia diferentes devem ser exterminados e os xenofóbicos moderados, que pregam que povos com culturas diferentes, não devem imigrar para as terras de seu povo, visando preservar a cultura de seu povo e para garantir que aquilo que seu povo construiu, seja somente de seu povo.


 
O racismo e a xenofobia na Europa

A Europa, tal como os restantes continentes, vive sob o impacte da globalização, de uma maior mobilidade internacional e do incremento dos fluxos migratórios. O aumento da intolerância política, religiosa e étnica bem como o desencadear de vários conflitos armados, dentro e fora do espaço europeu, provocaram a saída de inúmeros contingentes populacionais das suas terras, refugiados nem sempre bem acolhidos em ambientes que lhes são pouco familiares. Carências econômicas, a par de problemas sociais vividos pelos cidadãos de determinado Estado, têm contribuído para o surgimento de tensões evidenciadas sob formas de racismo "flagrante" e "subtil" contra determinados grupos, entre os quais comunidades migrantes e minorias étnicas ou religiosas (por exemplo, os ciganos, os judeus, os muçulmanos). Tais ressentimentos têm sido agravados pelo fomento de doutrinas xenófobas por parte de partidos políticos, designadamente os de extrema-direita, que não só deles se aproveitam para justificar períodos de maior vulnerabilidade económico-social no seu próprio país, como ainda, através dos nacionalismos exacerbados patentes nos seus discursos, adicionam às ideologias já enraizadas novas ondas de intolerância. Embora tendo presentes os maus exemplos do passado (Holocausto, apartheid, etc.), a verdade é que sentimentos desta natureza persistem na Europa, em prejuízo de indivíduos ou colectivos segregados, independentemente do seu nível económico e da partilha ou não dos valores, princípios e matrizes fundamentais da sociedade de acolhimento. Em todo o caso, os níveis e expressões de racismo variam muito de país para país, espelhando não só diferentes posturas e modos de lidar com a presença de imigrantes, minorias étnicas e estrangeiras, como também políticas mais ou menos consistentes de combate à discriminação (saliente-se a atenção depositada pela Holanda e Reino Unido a estas questões).

«A Europa é uma sociedade multicultural e multinacional que se enriquece com esta variedade. No entanto, a constante presença do racismo na nossa sociedade não pode ser ignorada. O racismo toca toda a gente. Degrada as nossas comunidades e gera insegurança e medo.»
Pádraig Flynn, Comissário Europeu

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