sexta-feira, 29 de junho de 2012

Discurso de Brittany Trilford na Cerimônia de Abertura da Rio+20


Discurso de Brittany Trilford na Cerimônia de Abertura da Rio+20



Meu nome é Brittany Trilford. Eu sou uma garota de 17 anos, uma criança. Hoje, nesse exato momento, eu sou todas as crianças, suas crianças, as três bilhões de crianças de todo o mundo. Pense em mim como nesses minutos como metade do mundo.

Eu estou aqui com calor no meu coração. Eu estou confusa e irritada com o estado que se encontra o mundo e eu quero que nós trabalhemos juntos para mudar isso. Estamos aqui para resolver os problemas que nós causamos coletivamente, para garantir que tenhamos um futuro.

Vocês e seus governos prometeram reduzir a pobreza e manter nosso meio ambiente. Vocês já haviam prometido combater as mudanças do clima, assegurar o acesso a água potável e a segurança alimentar. Corporações multinacionais já prometeram respeitar o meio ambiente, “esverdear” sua produção, compensar sua poluição. Essas promessas já foram feitas e, ainda, nosso futuro está em perigo.

Estamos todos conscientes de que o relógio está batendo e o tempo passando rapidamente. Vocês têm 72 horas para decidir o futuro de suas crianças, minhas crianças e netos. E eu dou a partida no relógio agora...tic tac, tic tac...

Vamos voltar há 20 anos atrás – antes mesmo de eu ser um nos olhos de meus pais – aqui no Rio, onde pessoas se encontraram pela primeira vez na Conferência da Terra, em 1992. Elas sabiam que era preciso haver mudanças. Todos os nossos sistemas falhando e entrando em colapso bem ao nosso redor. Essas pessoas se juntaram para reconhecer esses desafios e trabalhar por algo melhor, comprometerem-se por algo melhor.


Elas fizeram grandes promessas, promessas que, quando leio, ainda me deixam esperançosa. Essas promessas estão esquecidas – não fracassadas, mas vazias. Como isso pode acontecer? Quando tudo ao nosso redor é conhecimento que nos oferece soluções. A natureza é desenhada de tal forma que ofereça ideias para um sistema completo, que provê vida, cria valores e permite o progresso, transformação e mudança.

Nós, a próxima geração, demandamos mudança. Nós demandamos ação para que assim tenhamos um futuro garantido. Confiamos que vocês irão, nas próximas 72 horas, colocar nosso interesse na frente de todos os outros interesses e corajosamente fazer a coisa certa. Por favor, tomem a liderança. Eu quero líderes que possam liderar.

Eu estou aqui para lutar pelo meu future. Essa é a razão que estou aqui. Eu gostaria de terminar pedindo a vocês que considerem a razão pela qual estão aqui e o que vocês podem fazer. Vocês estão aqui para manter as aparências? Ou estão aqui para nos salvar?

terça-feira, 26 de junho de 2012

O discurso de Jobs aos formandos de Stanford

Meus Queridos!!!

Sempre que eu encontrar algo que julgue, bom, interessante ou mais... partilharei com vocês. Aqui está a transcrição de uma das falas mais brilhantes dos últimos tempos. Espero que gostem.



Em 12 de junho de 2005, Steve Jobs, então presidente-executivo da Apple Computer e da Pixar Animation Studios, fez um discurso aos formandos da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. O texto em que Jobs fala de sua vida, de sua opção por não cursar uma faculdade e no qual dá alguns conselhos aos estudantes, ficou famoso e repercute até hoje, sendo volta e meia republicado e lembrado. Confira a íntegra do discurso.

"É preciso encontrar o que você ama"

"Estou honrado por estar aqui com vocês em sua formatura por uma das melhores universidades do mundo. Eu mesmo não concluí a faculdade. Para ser franco, jamais havia estado tão perto de uma formatura, até hoje. Pretendo lhes contar três histórias sobre a minha vida, agora. Só isso. Nada demais. Apenas três histórias.

A primeira é sobre ligar os pontos.


Eu larguei o Reed College depois de um semestre, mas continuei assistindo a algumas aulas por mais 18 meses, antes de desistir de vez. Por que eu desisti?
Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era jovem e não era casada; estava fazendo o doutorado, e decidiu que me ofereceria para adoção. Ela estava determinada a encontrar pais adotivos que tivessem educação superior, e por isso, quando nasci, as coisas estavam armadas de forma a que eu fosse adotado por um advogado e sua mulher. Mas eles terminaram por decidir que preferiam uma menina. Assim, meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam um telefonema em plena madrugada ¿"temos um menino inesperado aqui; vocês o querem?" Os dois responderam "claro que sim". Minha mãe biológica descobriu mais tarde que minha mãe adotiva não tinha diploma universitário e que meu pai nem mesmo tinha diploma de segundo grau. Por isso, se recusou a assinar o documento final de adoção durante alguns meses, e só mudou de idéia quando eles prometeram que eu faria um curso superior.
Assim, 17 anos mais tarde, foi o que fiz. Mas ingenuamente escolhi uma faculdade quase tão cara quanto Stanford, e por isso todas as economias dos meus pais, que não eram ricos, foram gastas para pagar meus estudos. Passados seis meses, eu não via valor em nada do que aprendia. Não sabia o que queria fazer da minha vida e não entendia como uma faculdade poderia me ajudar quanto a isso. E lá estava eu, gastando as economias de uma vida inteira. Por isso decidi desistir, confiando em que as coisas se ajeitariam. Admito que fiquei assustado, mas em retrospecto foi uma de minhas melhores decisões. Bastou largar o curso para que eu parasse de assistir às aulas chatas e só assistisse às que me interessavam.

Nem tudo era romântico. Eu não era aluno, e portanto não tinha quarto; dormia no chão dos quartos dos colegas; vendia garrafas vazias de refrigerante para conseguir dinheiro; e caminhava 11 quilômetros a cada noite de domingo porque um templo Hare Krishna oferecia uma refeição gratuita. Eu adorava minha vida, então. E boa parte daquilo em que tropecei seguindo minha curiosidade e intuição se provou valioso mais tarde. Vou oferecer um exemplo.
Na época, o Reed College talvez tivesse o melhor curso de caligrafia do país. Todos os cartazes e etiquetas do campus eram escritos em letra belíssima. Porque eu não tinha de assistir às aulas normais, decidi aprender caligrafia. Aprendi sobre tipos com e sem serifa, sobre as variações no espaço entre diferentes combinação de letras, sobre as características que definem a qualidade de uma tipografia. Era belo, histórico e sutilmente artístico de uma maneira inacessível à ciência. Fiquei fascinado.
Mas não havia nem esperança de aplicar aquilo em minha vida. No entanto, dez anos mais tarde, quando estávamos projetando o primeiro Macintosh, me lembrei de tudo aquilo. E o projeto do Mac incluía esse aprendizado. Foi o primeiro computador com uma bela tipografia. Sem aquele curso, o Mac não teria múltiplas fontes. E, porque o Windows era só uma cópia do Mac, talvez nenhum computador viesse a oferecê-las, sem aquele curso. É claro que conectar os pontos era impossível, na minha era de faculdade. Mas em retrospecto, dez anos mais tarde, tudo ficava bem claro.
Repito: os pontos só se conectam em retrospecto. Por isso, é preciso confiar em que estarão conectados, no futuro. É preciso confiar em algo - seu instinto, o destino, o karma. Não importa. Essa abordagem jamais me decepcionou, e mudou minha vida.
A segunda história é sobre amor e perda.
Tive sorte. Descobri o que amava bem cedo na vida. Woz e eu criamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhávamos muito, e em dez anos a empresa tinha crescido de duas pessoas e uma garagem a quatro mil pessoas e US$ 2 bilhões. Havíamos lançado nossa melhor criação - o Macintosh - um ano antes, e eu mal completara 30 anos.
Foi então que terminei despedido. Como alguém pode ser despedido da empresa que criou? Bem, à medida que a empresa crescia contratamos alguém supostamente muito talentoso para dirigir a Apple comigo, e por um ano as coisas foram bem. Mas nossas visões sobre o futuro começaram a divergir, e terminamos rompendo - mas o conselho ficou com ele. Por isso, aos 30 anos, eu estava desempregado. E de modo muito público. O foco de minha vida adulta havia desaparecido, e a dor foi devastadora.
Por alguns meses, eu não sabia o que fazer. Sentia que havia desapontado a geração anterior de empresários, derrubado o bastão que havia recebido. Desculpei-me diante de pessoas como David Packard e Rob Noyce. Meu fracasso foi muito divulgado, e pensei em sair do Vale do Silício. Mas logo percebi que eu amava o que fazia. O que acontecera na Apple não mudou esse amor. Apesar da rejeição, o amor permanecia, e por isso decidi recomeçar.
Não percebi, na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. O peso do sucesso foi substituído pela leveza do recomeço. Isso me libertou para um dos mais criativos períodos de minha vida.
Nos cinco anos seguintes, criei duas empresas, a NeXT e a Pixar, e me apaixonei por uma pessoa maravilhosa, que veio a ser minha mulher. A Pixar criou o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é hoje o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. E, estranhamente, a Apple comprou a NeXT, eu voltei à empresa e a tecnologia desenvolvida na NeXT é o cerne do atual renascimento da Apple. E eu e Laurene temos uma família maravilhosa.
Estou certo de que nada disso teria acontecido sem a demissão. O sabor do remédio era amargo, mas creio que o paciente precisava dele. Quando a vida jogar pedras, não se deixem abalar. Estou certo de que meu amor pelo que fazia é que me manteve ativo. É preciso encontrar aquilo que vocês amam - e isso se aplica ao trabalho tanto quanto à vida afetiva. Seu trabalho terá parte importante em sua vida, e a única maneira de sentir satisfação completa é amar o que vocês fazem. Caso ainda não tenham encontrado, continuem procurando. Não se acomodem. Como é comum nos assuntos do coração, quando encontrarem, vocês saberão. Tudo vai melhorar, com o tempo. Continuem procurando. Não se acomodem.

Minha terceira história é sobre morte.

Quando eu tinha 17 anos, li uma citação que dizia algo como "se você viver cada dia como se fosse o último, um dia terá razão". Isso me impressionou, e nos 33 anos transcorridos sempre me olho no espelho pela manhã e pergunto, se hoje fosse o último dia de minha vida, eu desejaria mesmo estar fazendo o que faço? E se a resposta for "não" por muitos dias consecutivos, é preciso mudar alguma coisa.
Lembrar de que em breve estarei morto é a melhor ferramenta que encontrei para me ajudar a fazer as grandes escolhas da vida. Porque quase tudo - expectativas externas, orgulho, medo do fracasso - desaparece diante da morte, que só deixa aquilo que é importante. Lembrar de que você vai morrer é a melhor maneira que conheço de evitar armadilha de temer por aquilo que temos a perder. Não há motivo para não fazer o que dita o coração.
Cerca de um ano atrás, um exame revelou que eu tinha câncer. Uma ressonância às 7h30min mostrou claramente um tumor no meu pâncreas - e eu nem sabia o que era um pâncreas. Os médicos me disseram que era uma forma de câncer quase certamente incurável, e que minha expectativa de vida era de três a seis meses. O médico me aconselhou a ir para casa e organizar meus negócios, o que é jargão médico para "prepare-se, você vai morrer".
Significa tentar dizer aos seus filhos em alguns meses tudo que você imaginava que teria anos para lhes ensinar. Significa garantir que tudo esteja organizado para que sua família sofra o mínimo possível. Significa se despedir.
Eu passei o dia todo vivendo com aquele diagnóstico. Na mesma noite, uma biópsia permitiu a retirada de algumas células do tumor. Eu estava anestesiado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células ao microscópio começaram a chorar, porque se tratava de uma forma muito rara de câncer pancreático, tratável por cirurgia. Fiz a cirurgia, e agora estou bem.
Nunca havia chegado tão perto da morte, e espero que mais algumas décadas passem sem que a situação se repita. Tendo vivido a situação, posso lhes dizer o que direi com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito útil mas puramente intelectual.
Ninguém quer morrer. Mesmo as pessoas que desejam ir para o céu prefeririam não morrer para fazê-lo. Mas a morte é o destino comum a todos. Ninguém conseguiu escapar a ela. E é certo que seja assim, porque a morte talvez seja a maior invenção da vida. É o agente de mudanças da vida. Remove o velho e abre caminho para o novo. Hoje, vocês são o novo, mas com o tempo envelhecerão e serão removidos. Não quero ser dramático, mas é uma verdade.
O tempo de que vocês dispõem é limitado, e por isso não deveriam desperdiçá-lo vivendo a vida de outra pessoa. Não se deixem aprisionar por dogmas - isso significa viver sob os ditames do pensamento alheio. Não permitam que o ruído das outras vozes supere o sussurro de sua voz interior. E, acima de tudo, tenham a coragem de seguir seu coração e suas intuições, porque eles de alguma maneira já sabem o que vocês realmente desejam se tornar. Tudo mais é secundário.
Quando eu era jovem, havia uma publicação maravilhosa chamada The Whole Earth Catalog, uma das bíblias de minha geração. Foi criada por um sujeito chamado Stewart Brand, não longe daqui, em Menlo Park, e ele deu vida ao livro com um toque de poesia. Era o final dos anos 60, antes dos computadores pessoais e da editoração eletrônica, e por isso a produção era toda feita com máquinas de escrever, Polaroids e tesouras. Era como um Google em papel, 35 anos antes do Google - um projeto idealista e repleto de ferramentas e idéias magníficas.
Stewart e sua equipe publicaram diversas edições do The Whole Earth Catalog, e quando a idéia havia esgotado suas possibilidades, lançaram uma edição final. Estávamos na metade dos anos 70, e eu tinha a idade de vocês. Na quarta capa da edição final, havia uma foto de uma estrada rural em uma manhã, o tipo de estrada em que alguém gostaria de pegar carona. Abaixo da foto, estava escrito "Permaneçam famintos. Permaneçam tolos". Era a mensagem de despedida deles. Permaneçam famintos. Permaneçam tolos. Foi o que eu sempre desejei para mim mesmo. E é o que desejo a vocês em sua formatura e em seu novo começo.
Mantenham-se famintos. Mantenham-se tolos.
Muito obrigado a todos."
Fonte: site da Universidade de Stanford             Tradução: Paulo Migliacci ME

domingo, 24 de junho de 2012

Responsabilidade social

Responsabilidade Social

As transformações sócio-econômicas dos últimos 20 anos têm afetado profundamente o comportamento de empresas até então acostumadas à pura e exclusiva maximização do lucro. Se por um lado o setor privado tem cada vez mais lugar de destaque na criação de riqueza; por outro lado, é bem sabido que com grande poder, vem grande responsabilidade. Em função da capacidade criativa já existente, e dos recursos financeiros e humanos já disponíveis, empresas têm uma intrínseca responsabilidade social.

A idéia de responsabilidade social incorporada aos negócios é. portanto, relativamente recente. Com o surgimento de novas demandas e maior pressão por transparência nos negócios, empresas se vêem forçadas a adotar uma postura mais responsável em suas ações.

Infelizmente, muitos ainda confundem o conceito com filantropia, mas as razões por trás desse paradigma não interessam somente ao bem estar social, mas também envolvem melhor performance nos negócios e, conseqüentemente, maior lucratividade. A busca da responsabilidade social corporativa tem, grosso modo, as seguintes características:

  • É plural. Empresas não devem satisfações apenas aos seus acionistas. Muito pelo contrário. O mercado deve agora prestar contas aos funcionários, à mídia, ao governo, ao setor não-governamental e ambiental e, por fim, às comunidades com que opera. Empresas só têm a ganhar na inclusão de novos parceiros sociais em seus processos decisórios. Um diálogo mais participativo não apenas representa uma mudança de comportamento da empresa, mas também significa maior legitimidade social.



  • É distributiva. A responsabilidade social nos negócios é um conceito que se aplica a toda a cadeia produtiva. Não somente o produto final deve ser avaliado por fatores ambientais ou sociais, mas o conceito é de interesse comum e, portanto, deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo produtivo. Assim como consumidores, empresas também são responsáveis por seus fornecedores e devem fazer valer seus códigos de ética aos produtos e serviços usados ao longo de seus processos produtivos.



  • É sustentável. Responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de desenvolvimento sustentável. Uma atitude responsável em relação ao ambiente e à sociedade, não só garante a não escassez de recursos, mas também amplia o conceito a uma escala mais ampla. O desenvolvimento sustentável não só se refere ao ambiente, mas por via do fortalecimento de parcerias duráveis, promove a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento orientado. Uma postura sustentável é por natureza preventiva e possibilita a prevenção de riscos futuros, como impactos ambientais ou processos judiciais.



  • É transparente. A globalização traz consigo demandas por transparência. Não mais nos bastam mais os livros contábeis. Empresas são gradualmente obrigadas a divulgar sua performance social e ambiental, os impactos de suas atividades e as medidas tomadas para prevenção ou compensação de acidentes. Nesse sentido, empresas serão obrigadas a publicar relatórios anuais, onde sua performance é aferida nas mais diferentes modalidades possíveis. Muitas empresas já o fazem em caráter voluntário, mas muitos prevêem que relatórios sócio-ambientais serão compulsórios num futuro próximo.

Muito do debate sobre a responsabilidade social empresarial já foi desenvolvido mundo afora, mas o Brasil tem dado passos largos no sentido da profissionalização do setor e da busca por estratégias de inclusão social através do setor privado.



Savanas

Savanas



As Savanas são vegetações típicas de locais com estação seca bastante longa, queimadas constantes, e em regiões de clima tropical como transição para outros tipos de biomas (no Brasil, faz transição com todos os outros biomas exceto os pampas).

Caracterizada basicamente por uma vegetação de gramíneas (herbácea) e arbustos, a savana possui uma vegetação bastante resistente ao fogo. As gramíneas apresentam folhas compridas que aproveitam ao máximo as chuvas e rizomas resistentes à seca.

Podemos classificar a savana em quatro tipos diferentes de acordo com a presença de árvores ou não, ou ainda, dos tipos de vegetais.

Chama-se de savana arborizada aquela em que a quantidade de árvores é bastante expressiva, e arbórea, aquela que apresenta um certo número de árvores, porém, de maneira esparsa. A savana arbustiva é a savana sem presença de árvores, mas, com presença de arbustos, e a savana herbácea é aquela que possui só vegetais do tipo das gramíneas.

As árvores da savana possuem os troncos espessos e duros. Algumas delas armazenam água em seus trocos inchados, como o baobá e as árvores-garrafa. A maioria das árvores da savana apresenta a copa achatada. E as principais árvores da savana, além das já citadas, são as acácias.

Muitas vezes a vegetação da savana é determinada mais por características do solo do que por condições climáticas. É o caso das regiões com solos arenosos ou muito rasos que não permitem o desenvolvimento de uma vegetação de alto porte. O mesmo ocorre com solos pobres em nutrientes ou muito rígidos. Mas, é claro, que nenhum desses fatores age sozinho. A simples falta de nutrientes não justifica a ausência de árvores de grande porte, do contrário, não haveria a Floresta Amazônica, por exemplo (esta existe em solo pobre de nutrientes através da ciclagem rápida e extremamente eficiente dos nutrientes devido às condições de umidade e temperatura).

As savanas podem ser encontradas na África, América do Sul e Austrália sendo que em cada região ela apresenta alguma peculiaridade.

A savana brasileira e a australiana possuem como principal diferença da savana africana, a inexistência de animais de grande porte como os elefantes, muito embora ainda possuam exemplares extremamente grandes como a anta brasileira que é o maior animal terrestre das Américas podendo chegar a até 2 metros e 300 quilos, ou o canguru marrom australiano.

Na savana africana pode ser encontrado o maior animal terrestre do mundo, o elefante, assim como o mais alto, a girafa, e o maior predador terrestre, o leão. Todos eles são remanescentes da Megafauna (fauna composta por animais gigantes) que habitou a região (Gondwana) durante os períodos do Pleistoceno e Holoceno e foram extintas em todas as regiões do mundo exceto na África.

Brasil: Muita riqueza e muita desigualdade


BRASIL: MUITA RIQUEZA E MUITA DESIGUALDADE

No conjunto dos países do mundo e, especialmente na América Latina, o Brasil ocupa uma posição de destaque, decorrente de uma série de fatores, entre os quais podem ser citados:

  • sua grande extensão territorial( é o quarto país do mundo em terras contínuas e o primeiro da América Latina);
  • privilegiada posição geográfica, fazendo fronteira com quase todos os países da América do Sul, exceto com Chile e Equador;
  • grande população, a maior de todos os países da América Latina( cerca de 150 milhões de habitantes), o que representa pelo menos quantitativamente, um grande mercado consumidor;
  • forte economia ( situada entre as dez maiores do mundo, pelo menos no que diz respeito ao volume de produção total);
  • amplas áreas à espera de ocupação, o que apresenta um potencial de recursos ainda não totalmente mensurável, mas com certeza apreciável.

Esse gigantismo acabou despertando um sentimento ufanista, o de que o país estava destinado a ser , inevitavelmente, uma grande potência mundial, fato que despertou forte desconfiança nos demais países latino-americanos ( especialmente os da América do Sul) de que o Brasil quisesse representar um papel hegemônico no continente. Essa desconfiança, em alguns momentos chegou a distanciar o Brasil de seus vizinhos, especialmente a argentina, que, como já vimos, também havia desenvolvido mitos de hegemonia regional.
Embora tenha havido tentativas anteriores, foi somente a partir dos anos 80 que bases aparentemente sólidas de integração regional começaram a se delinear.

Um campeão... de desigualdades!

A realidade brasileira se transformou muito rapidamente após a Segunda Guerra Mundial. Uma das conseqüências mais importantes dessa transformação acelerada foi o aumento das desigualdades no país, das quais duas merecem destaque: as desigualdades sociais e as desigualdades regionais.

O Brasil experimentou enorme crescimento econômico nas últimas décadas. Contudo esse crescimento não beneficiou todas as camadas da população do país. Pelo contrário: a renda, que já estava concentrada nas mãos de poucos, ficou ainda mais concentrada, fazendo com que o país ocupasse lugar de destaque entre os campeões mundiais de desigualdades sociais.

Com a crise causada pela dívida externa, que ganhou maior vulto a partir dos anos 80, e com a quase cegueira política da maior parte das elites dirigentes do país, o Brasil vem sendo empurrado gradativamente para uma situação de caos social cujas conseqüências são imprevisíveis.

Ao lado desse imenso desequilíbrio social existe outro, de caráter regional, intrinsecamente ligado ao primeiro. No Brasil, três microrregiões podem ser distinguidas : a Centro Sul ( integrada pelas regiões Sul, Sudeste e a parte meridional da Região Centro-Oeste), a Amazônica (englobando a Região Norte, a parte setentrional da Região Centro-Oeste e o Estado do Maranhão), e a Nordeste.

Dentro da estrutura da organização espacial brasileira, o Nordeste figura como periferia do centro econômico do país( Centro Sul - Região Sudeste - Estado de São pulo ). Nessa microrregião , as estruturas sócio-políticas e econômicas se apresentam muito cristalizadas e pouco permeáveis a transformações, além de ser uma área de evasão populacional e Ter problemas seríssimos quanto à estrutura fundiária, altos índices de natalidade e mortalidade, baixa expectativa de vida, alta taxa de analfabetismo etc.

As melhorias econômicas pelas quais a região vem passando nas duas últimas décadas, amparadas principalmente numa política de incentivos fiscais, ainda não corresponderam a uma melhoria do nível social da população.

A Amazônia passou a representar, a partir da Segunda metade do século XIX, o papel de fronteira de recursos do país. Desde essa época, ela foi se transformando numa área de expansão para onde têm se dirigido populações de outras regiões, inclusive do Centro Sul. Amparada também numa política de incentivos fiscais, a agropecuária, a indústria e o extrativismo mineral vem transformando rapidamente a região, o que trouxe, porém, uma série de conseqüências negativas, especialmente no campo social e no ecológico.

No Campo social, por exemplo, a desordenada ocupação da região trouxe graves conflitos em relação à posse de terras em várias áreas. Conflitos envolvendo pequenos agricultores, posseiros, grandes proprietários, garimpeiros, comunidades indígenas etc. continuam sendo divulgadas praticamente todos os dias pela imprensa. E, no campo ecológico, o desmatamento predatório e indiscriminado acendeu uma polêmica mundial a respeito da preservação do meio ambiente na Amazônia.

Os gritantes desequilíbrios regionais do Brasil podem trazer conseqüências sérias de natureza geopolítica. É o próprio Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) que alerta:

"Na mesma medida em que tamanho e grandeza de um país desenham um papel crítico na significação desse país no contexto mundial, as diferenças internas são essenciais ao equilíbrio e à própria viabilidade do país. Contudo, formas exageradas de concentração, tanto no que se refere à concentração de riqueza ao longo da hierarquia das pessoas, como nas unidades regionais do país, são focos de instabilidade social e, por via de conseqüência, instabilidade política. Isso quer dizer que um objetivo nacional fundamental e permanente, que é o de assegurar a estabilidade social interna, para garantir o progresso geral do país, é afetado, em suas próprias bases, por eventuais excessos de concentração." (in Brasil - uma visão geográfica dos anos 80.)

O que são meteoritos?

O QUE SÃO METEORITOS ?

Meteoritos são fragmentos de corpos sólidos naturais (asteróides, lua, marte, cometas ...), que vindos do espaço penetram a atmosfera terrestre, se incandescem pelo atrito com o ar e atingem a superfície terrestre. A chegada de um meteorito é anunciada pela passagem de um grande meteoro (bólido), chiado e estrondos cacofônicos.

O meteorito recebe o nome da cidade ou localidade mais próxima de onde foi recuperado facilitando, assim, sua localização, este é o motivo de alguns nomes estranhos para os meteoritos. Quando a queda do meteorito é assistida ou se sabe a data em que ele caiu, ele é tido como queda, se for encontrado no campo sem estar relacionado a qualquer evento é considerado um achado.

Os termos meteoros, meteoróides e meteoritos são sempre muito confundidos. Resumindo temos: um meteoróide é um corpo sólido que seja muito pequeno para ser chamado asteróide ou cometa, que gira ao redor do Sol, ainda no espaço interplanetário. O termo meteoro é usado para descrever a faixa de luz produzida conforme matéria do sistema solar entra na atmosfera de Terra se incandescendo pelo atrito com as partículas de ar. Um meteorito é um meteoróide que sobrevive a passagem atmosférica em forma de meteoro e alcança a superfície da Terra.

Os meteoritos podem ser classificados em: pétreos, formados basicamente de material rochoso, metálicos também chamados de sideritos formados, basicamente da liga metálica ferro-níquel e dos siderolitos, que são meteoritos compostos das duas fases metálica e pétrea. Podemos distinguir os meteoritos também além da composição por sua natureza primitiva ou diferenciada como veremos posteriormente.

A atmosfera terrestre é bombardeada, continuamente, por milhares de meteoritos, estima-se que a Terra seja acrescida diariamente de cerca de 1000 toneladas de material cósmico, dos mais variados tamanhos desde poeira cósmica até meteoritos maiores com alguns kg. Os impactos de grandes meteoritos formadores de crateras são, no entanto, muito raros.

A composição de um grupo especial de meteoritos, os carbonáceos, contém compostos carbônicos complexos que podem ter sido a “semente” da vida na Terra. Algumas extinções em massa, como a dos dinossauros há 65 milhões de anos, estão ligadas a quedas de grandes meteoritos, assim como também a origem e evolução da vida está ligada ao estudo dos meteoritos.

A meteorítica, ciência que estuda os meteoritos, crateras e meteoros, tem adquirido uma nova importância à luz da era espacial. Os meteoritos são formados de material primitivo, sendo como verdadeiros “fósseis” do Sistema Solar, viajantes do espaço e do tempo, revelando as condições sob as quais o Sol e os planetas se formaram.



EUA: Maior Potencia

                                                   EUA: Mairo potencia
 O mapa da principal nação do mundo
Atualmente os Estados Unidos são considerados a principal potência do mundo, mas essa condição alcançada não ocorreu repentinamente, foram necessários vários fatores para que este se consolidasse como uma das nações mais importantes do planeta.

As raízes do
crescimento econômico norte-americano foram fundamentais para o seu desenvolvimento. Foram menos de quatro séculos para que os EUA passassem da condição de colônia para superpotência, um dos motivos para essa transformação rápida foi a ascensão econômica no sul, que tinha como principal atividade a produção monocultora, pois o sul possui clima de características tropicais favoráveis ao cultivo, já no norte as atividades eram distintas, esse apresenta clima temperado, no sul a economia era voltada para o comércio, possuía os principais centros urbanos, surgiram as primeiras indústrias e instituições financeiras.

Os EUA contavam com diversos recursos naturais que eram extremamente importantes para as indústrias que estavam surgindo no nordeste, isso desencadeou vários avanços. Esses impulsionaram a aceleração comercial como a expansão do mercado interno que gerou prosperidade econômica, maciços
investimentos em mineração no século XIX, aumentando ainda mais a produção.

No final do século XIX, a descoberta e a extração do petróleo deram novos rumos à economia norte-americana, pois esse momento promoveu uma revolução nos transportes, com a criação do automóvel pelo empresário Henry Ford. Esse criou um novo modelo de produção na linha de montagem, e uma nova forma de ver o mercado, para ele a produção deveria ser em massa, assim como o consumo, o trabalhador deveria ter momentos de descanso para poder consumir os produtos das indústrias.

A ascensão da economia norte-americana deve-se principalmente pela intensa acumulação de capital ocorrida na segunda metade do século XIX.
No início do século XX, o país já possuía grandes empresas que detinham os monopólios do petróleo, aço, automóveis e ferrovias.

O crescimento da economia norte-americana também foi propiciado por acontecimentos históricos como a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) momento em que a Europa se encontrava em reconstrução, então os EUA forneceram empréstimos e mercadorias, resultando num gigantesco crescimento do PIB e se consolidando definitivamente como a maior potência mundial.

A expansão das multinacionais e do comércio ocorreu a partir da segunda metade do século XX, as multinacionais norte-americanas dominaram ainda mais o processo de acumulação de capitais, os investimentos nas multinacionais ocorreram primeiramente em países europeus e depois em mercados em expansão como os países subdesenvolvidos.

As primeiras multinacionais norte-americanas foram GENERAL MOTORS E FORD, TEXACO e ESSO, COCA-COLA, NABISCO, JOHNSON & JOHNSON e GILLETE. A expansão das multinacionais norte-americanas no mercado internacional intensificou o ritmo de crescimento econômico, foi grande gerador de fluxos de mercadorias, hoje o comércio externo americano corresponde a 16% do total mundial, o país mantêm relações comerciais com grande parte das nações.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Temas RIO+20

Temas


Os dois temas centrais da Rio+20 – a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável – foram aprovados pela Assembleia Geral das Nações Unidas de forma consensual entre os 193 países que integram a ONU. Nas reuniões do processo de preparação, os países têm apresentado propostas sobre esses temas, buscando resultados que possam ser adotados na Conferência.

 A “economia verde” constitui um instrumento para a aplicação de políticas e programas com vistas a fortalecer a implementação dos compromissos de desenvolvimento sustentável em todos os países da ONU. Para o Brasil, a “economia verde” deve ser sempre enfocada no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, uma vez que os temas de economia e de meio ambiente (“verde”) não podem ser separados das preocupações de cunho social.
 O debate sobre “economia verde” aponta para oportunidades de complementaridade e de sinergia com outros esforços internacionais, englobando atividades e programas para atender às diferentes realidades de países desenvolvidos e em desenvolvimento. É importante relembrar que a redução das desigualdades – em nível nacional e internacional – é fundamental para a plena realização do desenvolvimento sustentável no mundo.

  • ESTRUTURA INSTITUCIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
 As discussões sobre a estrutura institucional têm buscado formas para melhorar a coordenação e a eficácia das atividades desenvolvidas pelas diversas instituições do sistema ONU que se dedicam aos diferentes pilares do desenvolvimento sustentável (econômico, social e ambiental). Os países têm debatido, principalmente, maneiras pelas quais os programas voltados ao desenvolvimento econômico, ao bem-estar social e à proteção ambiental podem ser organizados em esforços conjuntos, que realmente correspondam às aspirações do desenvolvimento sustentável.

Algumas das propostas já apresentadas propõem a reforma da Comissão sobre Desenvolvimento Sustentável (CDS), com o objetivo de reforçar seu mandato de monitoramento da implementação da Agenda 21, adotada durante a Rio-92, e seu papel de instância de coordenação e de debate entre representantes dos países e da sociedade civil. Quanto à reforma das instituições ambientais, vários países têm apontado a importância de que sejam fortalecidas as capacidades de trabalho do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), aumentando a previsibilidade dos recursos disponíveis para que essa instituição apóie efetivamente projetos em países em desenvolvimento. A reforma da estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável deverá observar o equilíbrio entre as questões sociais, econômicas e ambientais.

fONTE: http://www.rio20.gov.br/

Por: Larissa Ariel de Souza

O que o Brasil espera da conferência



O que o Brasil espera da conferência

O Brasil espera que os resultados da Rio+20 incluam:
  • A definitiva incorporação da erradicação da pobreza como um elemento essencial para se alcançar o desenvolvimento sustentável;
  • A plena inclusão do conceito de desenvolvimento sustentável no processo decisório por parte dos atores nos pilares econômico, social e ambiental, a fim de superar visões setoriais que ainda persistem vinte anos depois da definição do desenvolvimento sustentável como uma prioridade global;
  • O fortalecimento do multilateralismo, com a clara mensagem de ajuste das estruturas das Nações Unidas e de outras instituições internacionais ao desafio do desenvolvimento sustentável; e
  • O reconhecimento da reorganização internacional em andamento, com seus reflexos sobre a governança global.
O equilíbrio entre os três pilares do desenvolvimento sustentável pode ser fortalecido durante a Conferência, por exemplo, por meio do estabelecimento de Metas de Desenvolvimento Sustentável – que determinariam as áreas nas quais deveriam se concentrar os esforços nacionais e a cooperação internacional com vista a promover o desenvolvimento sustentável - bem como por meio da definição de um marco de referência de governança internacional para garantir que o conceito de desenvolvimento sustentável seja adequadamente tomado como um paradigma por todas as organizações e agências especializadas do sistema das Nações Unidas

 Fonte: http://www.rio20.gov.br/

Por: Larissa Ariel de Souza

O que vai acontecer na Rio+20?


A última sessão do Comitê Preparatório para a Conferência e a própria Conferência serão realizados em junho de 2012 no Rio, onde milhares de participantes de governos, do setor privado, de ONGs e de outros parceiros interessados se reunirão para um forte impulso na direção do desenvolvimento sustentável.

Em paralelo, e entre os encontros oficiais, haverá diversos eventos, exposições, apresentações, feiras e anúncios feitos por uma ampla gama de parceiros. As discussões oficiais focarão em dois temasprincipais: Como construir uma economia verde para alcançar o desenvolvimento sustentável e retirar as pessoas da pobreza, incluindo o apoio aos países em desenvolvimento, que os permitirá seguir o caminho verde para o desenvolvimento; e como melhorar a coordenação internacional para o desenvolvimento sustentável.

 Os governos devem adotar medidas claras, focadas e práticas paraimplementar o desenvolvimento sustentável, baseadas nos vários exemplos de sucesso que temos visto nos últimos 20 anos.

Fonte:http://www.rio20.gov.br/

Por: Larissa Ariel de Souza

Brasil na Rio+20

Brasil na Rio+20

Desde a Rio-92, o tema do desenvolvimento sustentável ocupa lugar central na política externa brasileira. A proposta do país de sediar a Rio+20 se enquadra nessa prioridade, ao criar oportunidade para que todos os países das Nações Unidas se reúnam, mais uma vez no Rio de Janeiro, para discutir os rumos do desenvolvimento sustentável para os próximos vinte anos.
Na qualidade de Presidente da Conferência, o Brasil será responsável pela coordenação das discussões e trabalhará para a formação de consensos e adoção de decisões concretas que visem ao objetivo do desenvolvimento sustentável. 

Como país-membro das Nações Unidas, o Brasil apresentou ao Secretariado da Conferência sua contribuição nacional ao documento-base que dará início ao processo negociador dos documentos da Rio+20.

É especial o significado de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável no Rio de Janeiro. Como sede da Cúpula da Terra, que consolidou o conceito de desenvolvimento sustentável em 1992, o Rio de Janeiro é o local ideal para realização da Rio+20, que apontará os caminhos futuros do desenvolvimento. O legado da Rio-92 – principalmente a Declaração do Rio, a Agenda 21, a Convenção Quadro sobre Mudança do Clima e a Convenção sobre Diversidade Biológica - estarão associados para sempre à lembrança da intensa participação da sociedade civil em debates da ONU, gerando o que se chamou de  “espírito do Rio”.

No plano interno, a Comissão Nacional para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, criada pelo Decreto 7.495 de 7 de junho de 2011, tem a atribuição de articular os eixos da participação do Brasil na Conferência. É co-presidida pelo Ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, e pela Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. 

Fazem parte da Comissão outros 28 Ministérios e órgãos da Administração Federal associados aos temas do desenvolvimento sustentável, bem como representantes do Governo do Estado e da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, do Congresso Nacional e do Poder Judiciário. A Comissão Nacional conta ainda com uma Secretaria-Executiva, presidida pelo Ministério das Relações Exteriores e integrada pelo Ministério da Fazenda; o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; e o Ministério do Meio Ambiente, responsáveis, respectivamente, pelos pilares econômico, social e ambiental na Secretaria-Executiva.

A sociedade civil é parte integral da Comissão Nacional, contando com cerca de quarenta membros, representantes de diversos setores sociais, selecionados em processo transparente e inclusivo. Fazem parte da Comissão representantes de órgãos estaduais e municipais do meio ambiente, da comunidade acadêmica, de povos indígenas, povos e comunidades tradicionais, setores empresariais, trabalhadores, jovens, organizações não-governamentais e movimentos sociais. O processo de escolha dos integrantes da Comissão Nacional foi guiado pela Portaria Interministerial 217, de 17 de junho de 2011. 

Para tratar da organização logística da Conferência, foi criado, também pelo Decreto 7.495, o “Comitê Nacional de Organização” (CNO), que tem como atribuições o planejamento e a execução das medidas necessárias à realização da Conferência Rio+20, inclusive a gestão dos recursos e contratos relativos aos eventos oficiais realizados no contexto da Organização das Nações Unidas. Também faz parte de suas competências a execução das atividades referentes à administração de material, obras, transportes, patrimônio, recursos humanos, orçamentários e financeiros, à comunicação, ao protocolo, à segurança e à conservação dos imóveis e do mobiliário utilizados na organização e na realização da Rio+20.

Fonte: http://www.rio20.gov.br/

Por: Larissa Ariel de Souza