terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Meteoro deixa 1.200 feridos na Rússia


Meteoro deixa 1.200 feridos na Rússia

Segundo o governo russo, a explosão causou uma onde de choque deixou 1.200 feridos

A passagem de um meteoro que cortou o céu na região oeste da Sibéria assustou os moradores da cidade de Tcheliabinsk. A explosão causou uma onde de choque que estilhaçou vidraças e derrubou muros na cidade deixando 1.200 feridos, dos quais cerca de 200 crianças, segundo informações do governo russo.
Calcula-se que o evento tenha atingido uma área de 100 mil metros quadrados e danificado cerca de 3.000 prédios, entre eles muitas escolas.


Estima-se que o objeto pesasse 7.000 toneladas antes de se partir na atmosfera.

"Estava sentado trabalhando e a janela estava levantada. Em segundos foi como se a cidade inteira tivesse sido iluminada. Olhei para fora e vi uma grande mancha brilhante no céu que durou dois, três minutos e então os cachorros começaram a uivar", disse um homem identificado como Artyom que falou à rádio Moscou FM.

Tcheliabinsk tem pouco mais de 1 milhão de habitantes e fica cerca de 1.500 km a leste de Moscou. A região tem forte presença de indústria bélica, inclusive com produção de armas nucleares. Não há informações de vazamento de radiação, segundo fontes do governo.

COINCIDÊNCIA

Apesar da coincidência, a queda do meteoro na Rússia e a passagem "de raspão" de um asteroide pela Terra ontem não são eventos relacionados, segundo especialistas.

"É literalmente uma coincidência cósmica", afirmou Alan Fitzsimmons, do Centro de Pesquisa de Astrofísica da Queen's University, em Belfast (Irlanda do Norte), à BBC.
 "O asteroide vai do sul para o norte; o meteoro não estava nessa trajetória, e a separação de tempo entre a passagem dos dois é significativa", afirmou Don Yeomans, da Nasa, chefe do departamento de Objetos Próximos da Terra.

 O asteroide 2012 DA14 chegou à sua distância mínima da Terra às 17h25 de ontem no horário de Brasília, enquanto que o meteoro foi visto ainda de madrugada.

 Na opinião de Daniela Lazzaro, chefe do projeto Impacton do Observatório Nacional, que monitora asteroides e outros objetos espaciais potencialmente perigosos, essas são evidência fortes de que esses eventos não foram relacionados.

 Ela ressalta que fenômenos como esse são bastante comuns. "A maioria cai no mar ou em zonas desabitadas, e ninguém acaba se ferindo."

ONDA DE CHOQUE

Segundo a pesquisadora, é preciso destacar que as pessoas não foram feridas por fragmentos do objeto em si, mas pelas efeitos causados pela queda.

"É como se fosse a explosão de uma bomba. Os destroços, os vidros é que acabaram ferindo as pessoas. É muito difícil que tenha sobrado algum fragmento para ferir alguém", diz ela.

A entrada do meteoro na atmosfera foi capturada por diversas câmeras de vigilância que ficam nos painéis dos carros russos.

Os motoristas do país usam as câmeras nos veículos para obter provas para reclamar o seguro de acidentes, num país em que más estradas, tempo extremo e motoristas alcoolizados produzem altas taxas de acidentes.

Folha de São Paulo, com informações do "New York Times"
Fonte: http://www.jornaldaciencia.org.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário