Cientistas
propõem destruir asteroide com sistema que usa energia solar
Cientistas da Universidade da
Califórnia em Santa Bárbara, nos EUA, propuseram a criação de um sistema que
utilize energia solar para criar feixes de raios laser, com o objetivo de
destruir ou desviar asteroides que ameacem a Terra no futuro.
Ilustração
mostra o DE-Star transformando energia solar em raios laser para destruir um
asteroide (na parte debaixo da imagem) e para mover uma sonda (na parte de
cima). Imagem: Divulgação/Universidade da Califórnia, Santa Bárbara
Caso seja criado, o equipamento
pode ser capaz de vaporizar em uma hora um asteroide do tamanho do que passou
próximo da Terra na última sexta-feira (15), o 2012 DA14, afirmam os
pesquisadores. Com cerca de 130 mil toneladas e 50 metros de diâmetro, o
asteroide passou a 27 mil km do planeta, menor distância em mais de 50 anos de
monitoramento da agência espacial americana (Nasa).
"O mesmo sistema poderia
destruir um asteroide dez vezes maior do que o 2012 DA14 agindo durante um ano,
com a vaporização começando em uma distância equivalente à da Terra com relação
ao Sol, enquanto o asteroide ainda estiver em órbita", disse a
universidade, em nota.
Chamado de DE-Star (Sistema de
Direcionamento de Energia Solar para Asteróides em Exploração, na tradução do
inglês), o projeto parte de "um princípio realista para evitar potenciais
ameaças espaciais" à Terra, ressalta o cientista Philip Lubin, professor
da universidade.
Nós precisamos ser proativos ao
invés de reativos quando lidamos com estas ameaças. Fugir e se esconder não é
uma opção. Nós podemos fazer alguma coisa quanto a riscos desse tipo, então
estamos dando passos nesta direção", disse Lubin ao site da Universidade
da Califórnia.
O projeto é de um "sistema
de defesa orbital de direcionamento de energia", com capacidade para
transformar a energia do sol em feixes massivos de raios laser para destruir ou
evaporar asteroides, agindo durante dias, meses ou anos, dependendo do tamanho
do equipamento que for criado.
O DE-Star também pode vir a ser
utilizado para mudar a rota de um asteroide, enviando-o para longe da Terra,
dizem os cientistas. "Todos os componentes previstos em nosso projeto
existem atualmente. Talvez não na escala que precisamos, mas os básicos estão
disponíveis para serem usados. Só precisamos de algo em grande escala para ser
efetivo", afirmou Lubin.
O sistema também pode servir para
estudar a composição de asteroides e cometas, além de outras funções espaciais,
como direcionar a energia solar para ajudar na propulsão de sondas, naves
espaciais e satélites.
Fonte: G1
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