terça-feira, 23 de outubro de 2012

A Vida em Números



A Vida em Números

Uso do celular:
Fazer chamadas: 2%
Mandar Mensagens: 5%
Ver as horas: 93%


Filmes da Sessão da Tarde:
Bons e Inéditos: 2%
A Lagoa Azul: 49%
De Volta a Lagoa Azul: 49%


Acidentes científicos geram:
Zumbis: 25%
Zumbis: 25%
Zumbis: 25%
Zumbis: 25%


Cantando em Inglês:
A letra toda certa: 5%
Enrolation Mode: 95%


O que um helicóptero faz num filme de ação:
Explode: 100%


O que aprendemos com o Chaves:
A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena: 15%
As pessoas boas devem amar seus inimigos: 25%
Teria sido melhor ir ver o filme do Pelé: 60%


Por que garotos compram carros:
Porque amam velocidade: 28%
Pra pegar garotas: 72%


O número do capeta:
666: 7%
404: 93%


Uso da TV:
Assistir: 20%
Música de fundo: 80%


Por que as pessoas dizem que você é bonito:
Porque você é rico: 2%
Porque estão bêbadas: 38%
Porque ela é sua mãe: 60%


As mulheres choram por:
Tristeza: 15%
Alegria: 25%
Quem sabe?!?: 60%


Professores odeiam:

Cola: 9%
Letra Ilegível: 20%
Wikipédia: 71%


Quando dá vontade de ir no banheiro:
No intervalo: 35%
Na aula: 65%


O que penso durante a aula:
Lanchar: 30%
Ir embora: 70%


"Há uma atualização disponível":
"Atualizar agora": 1%
"Lembrar-me mais tarde": 99%


Quem na vida real usa álgebra:
Professor de matemática: 100%


Quando chove em filmes:
Alguém morre: 37%
Beijo Romântico: 42%
Desastres: 20%
O tempo estava fechado e naturalmente ia chover: 1%


Quando o juíz erra:
Outros times: 15%
Meu time: 85%


Quando sua mãe diz que algo vai dar errado:
Dá: 100%


Probabilidade de chuva quando você sai:
Com guarda-chuva: 100%
Sem guarda-chuva: 100%


Por que você olha pro celular:
Está entediado: 3%
Alguém olhou também: 4%
Leitura de texto na aula: 7%
Entediado: 3%
Ver as horas: 25%
Ver de novo a hora porque não prestou atenção na primeira vez: 58%


Fatos que comprovam que caminhar engorda:
Magros caminhando: 21%
Gordos caminhando: 79%


Quando sua namorada diz "Precisamos conversar":
Você está ferrado: 100%


Tempo gasto com o iPod:
Ouvindo música: 15%
Desfazendo o nó do fone de ouvido: 85%


Perguntas feita a gêmeos:
Quem é mais velho?: 11%
Como é ter um gêmeo?: 22%
Vocês são gêmeos?: 67%


Mãe eu posso...?:
Não!: 100%


Pai eu posso...?:
Vá pedir à sua mãe!: 100%


Coisas que aprendemos com o Pica-Pau:
100 mil dólares: 12,5%
Mulheres: 12,5%
Automóveis: 12,5%
Mulheres: 12,5%
Iates: 12,5%
Mulheres: 12,5%
Mansões: 12,5%
Mulheres: 12,5%


Por que abrimos a geladeira:
Pra beber algo: 11%
Pra comer algo: 15%
Pra ver o que tem de bom: 74%


Um pacote de doritos tem:
Ar: 75%
Doritos: 25%


Mulheres que acham que precisam emagrecer:
Gordas: 25%
Magras: 75%

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Aziz Nacib Ab’Sáber - Opinião divergente


Aziz Nacib Ab’Sáber - Opinião divergente


Aziz Nacib Ab'Saber tem cerca de 300 artigos publicados, escreveu oito livros e deu aulas em várias universidades
Desde que o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) divulgou seu terceiro relatório, em maio, as discussões sobre o aquecimento global pegaram fogo. Alguns cientistas afirmaram que o painel da ONU foi cauteloso demais – o futuro do planeta pode ser ainda mais sombrio. Outros discordam dessas conclusões e advogam contra o exagero e o alarmismo. Nesse time joga o geógrafo brasileiroAzizNacib Ab’Sáber. “É claro que não nego o aquecimento global. Mas há muito desconhecimento sobre como suas conseqüências podem afetar o Brasil”, adverte ele. Formado em geografia pela USP em 1944, especialista em geomorfologia e considerado um dos mais importantes ambientalistas do país, o professorAzizconhece como poucos a paisagem natural do Brasil e suas relações com o clima. Às vésperas de completar 83 anos, tem cerca de 300 artigos publicados, escreveu oito livros, deu aulas em várias universidades e, entre outros cargos na academia, foi presidente executivo da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) entre 1994 e 1995. Mesmo aposentado, todas as noites comparece ao Instituto de Estudos Avançados da USP, onde é professor honorário, e vibra como um pesquisador iniciante ao mostrar mapas e imagens do Nordeste feitas por satélite.

Por que o senhor afirma que o aquecimento global não destruirá a Amazônia nem a mata Atlântica?

Houve muito alarmismo nessa questão. Embora algumas afirmações tenham sido feitas por bons cientistas,muitas conclusões foram divulgadas de forma equivocada. Logo me irritou a afirmação de que a Amazônia desaparecerá e o cerrado tomará conta de tudo. Como há décadas estudo o problema dasflutuações climáticas e o jogo do posicionamento parcial dos grandes domínios geográficos brasileiros, senti-me ofendido culturalmente. Não havia ciência na afirmação.

Sua teoria envolve uma mudança fundamental nas correntes marítimas, certo?

Em nosso litoral existe a chamada corrente tropical sulbrasileira. É uma corrente de águas quentes que desce desde o Nordeste oriental até o sudeste de Santa Catarina. Essa corrente tem um contrafluxo representado pela corrente das Malvinas, ou Falklands, que vem da Argentina, é composta de águas muito frias e segue quase até o Rio Grande do Sul. Uma das conseqüências do aquecimento global é que essa corrente tropical sul-brasileira ficará mais larga, ocupará uma área mais afastada da costa e irá avançar mais para o sul do Brasil sobre a corrente fria. Portanto, essa corrente quente levará mais calor para as regiões localizadas entre a Argentina, o Uruguai e o Rio Grande do Sul, que hoje vivem um conflito entre águas frias e quentes. Com essa massa de água quente que chegará, a evaporação será mais intensa. Podemos deduzir que vai haver maior penetração de umidade no continente.

O que isso significará?

Com maior umidade, choverá mais. Por isso, nesse caso o aquecimento global não representará um aspecto negativo do ponto de vista da climatologia da fachada atlântica do Brasil. Portanto, não se pode dizer que a mata Atlântica será atingida por ele. Ao contrário. A tendência é que tanto a mata Atlântica como a Amazônia cresçam, e não que sejam reduzidas. Isso já aconteceu antigamente, num período entre 6 mil e 5 mil anos atrás chamado de optimum climático.Naquela época também houve um aquecimento do planeta, mas foi natural, e não causado pelo acúmulo dos gases na atmosfera, como hoje.

O que houve naquela época?

Entre 20 mil e 12 mil anos atrás, o planeta passou por um período de glaciação. Devido ao congelamento de águas marinhas nos pólos Norte e Sul, o nível dos oceanos era cerca de 90 metros mais baixo do que o registrado hoje. Depois disso, por volta de 11 mil anos atrás, houve um período de transição entre um clima frio e um mais ameno e ocorreu um ligeiro aquecimento da Terra. O frio intenso deu lugar a um clima mais tropical, como ocorria antes da glaciação. Com isso, as grandes manchas florestais, que haviam ficado distantes umas das outras naquele clima frio e seco, cresceram e se emendaram. A esse processo, que aconteceu principalmente na costa brasileira, eu dei o nome de retropicalização.

E o que aconteceu depois?

O planeta continuou a esquentar, embora houvesse variações de temperatura para cima ou para baixo. Com isso, boa parte do gelo que estava concentrado nas regiões polares se derreteu. O auge desse aquecimento se deu entre 5 mil e 6 mil atrás, no optimum climático. O aquecimento foi tal que o nível dos oceanos se elevou cerca de 2,90 metros acima do registrado hoje. Em minha interpretação, quando o mar subiu em conseqüência daquele aquecimento do planeta, ele trouxe mais umidade para dentro do continente.Houve mais chuvas, o que favoreceu a continuidade das florestas. O optimum é uma fase da história climática do mundo que vários cientistas e o próprio IPCC não consideraram. Como naquele período nem a mata Atlântica nem a Amazônia desapareceram do mapa, não é certo dizer que até 2100 a Amazônia vai virar cerrado. O problema não é o que acontecerá daqui a 90 anos, e sim o que ocorre hoje.

Por quê?

A região amazônica tem 4 milhões de quilômetros quadrados e, em menos de 25 anos, perdeu 500 mil quilômetros quadrados de florestas. Isso significa que uma área equivalente a duas vezes o estado de São Paulo já foi destruída. É muita coisa. Ou seja, hoje a Amazônia está tendo problemas de savanização devido à ação antrópica. Ocorrem desmatamentos ao longo das rodovias, dentro das selvas e junto das chamadas espinhelas de peixe, nome que os amazônidas dão aos imensos quarteirões ocupados por especuladores, os quais se mudaram de lá e venderam pedaços da mata a pessoas de muito longe que imaginaram ter uma fazendinha na região. Depois, essas pessoas liberaram as terras para os madeireiros, que arrasaram com tudo.

O senhor tem alguma outra divergência em relação ao que foi divulgado sobre o aquecimento global?

Sim. Uma coisa é o aquecimento global, outra é sua continuidade ou não ao longo dos anos. Os cientistas dizem que vai ser sempre assim. O planeta ficará cada vez mais quente. Com isso, o calor provocará mais derretimento de geleiras, o que aumentará ainda mais o nível do mar. E assim sucessivamente. Esse raciocínio é muito simplista. Não temos comosabernos próximos anos como o mar vai subir. Portanto, também não temos como avaliar quanto ele irá se elevar daqui a 100 ou 200 anos.Nesse período os continentes podem até abaixar mais e as águas do mar, inundar zonas costeiras bem maiores. Ou o contrário. Eles podem subir, como ocorreu depois do Plioceno. E com isso o mar irá recuar.Didaticamente, eu fiz os cálculos para dez, 50 e 100 anos. Depois parei.Ainda há a questão das diferenças entre as marés baixa e alta. Na costa do Maranhão, por exemplo, essa diferença é de 8 metros. Tudo isso não foi considerado.

Mas não se pode negar que uma das piores conseqüências do aquecimento global será o aumento do nível das águas do mar.

A ascensão do nível das águas dos oceanos provocada pelo derretimento das geleiras polares e das geleiras das altas montanhas vai criar graves problemas na zona costeira do Brasil. São 8 mil quilômetros de litoral. A água deverá invadir diversas cidades litorâneas, como Santos, Rio de Janeiro e Recife, entre outras, criando mini-Venezas. Será preciso fazer pontes e diques na frente das praias e nas margens dos rios. A água vai também tomar conta das barras dos rios e alagar planícies rasas e manguezais, com prejuízos ambientais e econômicos.

O que o senhor sugere, diante do problema atual?

Disso tudo eu tirei uma conclusão. Primeiro, é preciso reduzir a emissão de gases particulados na atmosfera para mitigar o efeito estufa. Que fique bem claro que eu não discuto o aquecimento global. Depois, devem-se acompanhar os fatos ao longo de um certo espaço de tempo para avaliar todas as variações. A seguir, é fundamental um bom planejamento para evitar maiores conseqüências sobre as regiões costeiras, que serão as áreas mais atingidas. O extremo sul do Brasil, por exemplo, vai ser pouco afetado, já que, com a suspensão das águas, deve acontecer o que ocorreu durante o optimum climático. A corrente marítima quente irá descer mais para o sul, levando maior umidade e, conseqüentemente, mais chuva para o interior do território.

Em junho, iniciaram-se as obras da transposição das águas do rio São Francisco, em Cabrobó, em Pernambuco. O senhor crê que ela vai matar a sede da população do Nordeste seco?

Fala-se que essa obra beneficiará cerca de 12 milhões de pessoas. Não acredito. Ela vai beneficiar principalmente os pecuaristas. O mais triste é que os donos das fazendas nem moram lá, mas sim em capitais como Fortaleza e Recife. A região do São Francisco é muito complexa.No Nordeste chove muito no verão e pouco no inverno, embora digam o contrário. É evidente que o Nordeste seco vai precisar de mais água quando o rio São Francisco, que passa em grande parte pelo cerrado de Minas Gerais e da Bahia, estiver mais baixo. Será justamente nessa época que o rio precisará jogar mais água para os eixos norte e leste que serão construídos até ela cair no açude de Orós. Aí surge um problema. As águas do São Francisco são poluídas e vão se encontrar com águas salinizadas do próprio açude. Ou seja, nessa época será preciso fazer uma transposição de águas maior do que a planejada.

Como assim?

Quem é a favor da transposição diz que o rio vai perder apenas 1,4% de suas águas após o término das obras.Mas é claro que no futuro essa porcentagem deve aumentar. Ou seja, serão transferidas mais águas do rio para os futuros eixos que vão ser construídos. Outro problema será manter as usinas hidrelétricas de Paulo Afonso, Itaparica e Xingó funcionando. Então, a época em que o rio receberá menos água vai ser a mesma em que ele deverá enviar águas para além da chapada do Araripe. Isso é um contra-senso, pois, quando estivesse chovendo lá, não seria preciso enviar água para a mesma região.

Quais são os impactos ambientais que a transposição pode causar?

Talvez o principal seja a poluição das águas. Vários afluentes do São Francisco vêm de Belo Horizonte, uma das maiores cidades do Brasil, e passam pela região industrial sidero-metalúrgica. Um deles é o rio das Velhas, por exemplo.O São Francisco tem 2170 quilômetros de extensão. Imagine a poluição que ele carrega nessa distância. Técnicos disseram que iam revitalizá-lo antes de fazer a transposição.Outro erro, pois não se pensou naqueles que têm só as margens do rio para plantar, como na zona semiárida das cidades de Ibotirama, Barra e Xique-Xique, na Bahia. Com a revitalização, eles perderão esses espaços.

Qual é a sua opinião sobre a afirmação do presidente Lula, em maio, de que os usineiros de cana são “uns heróis”?

Heróis são os cortadores de cana, que levam uma vida quase de escravo, e não os donos da terra. Por que o presidente Bush veio a São Paulo e não foi a Brasília? Porque os Estados Unidos sabem que o interior de São Paulo sempre teve culturas agronômicas importantes, hoje controla as maiores plantações de cana-de-açúcar do Brasil e que o etanol de cana vem sendo usado nos carros como combustível. Eles não têm esse knowhow. Na verdade, os Estados Unidos precisavam incentivar o Brasil a ampliar sua área canavieira para poder vender mais tarde. Quem vai controlar o preço depois? Eles, é claro.

O que pode acontecer em termos ambientais se o governo incentivar a produção de cana para depois produzir etanol?

É simples. Se o governo facilitar, a cana-de-açúcar será o mais novo produto a tentar se estabelecer na Amazônia. Sempre que se deseja ampliar as fronteiras agrícolas do país se fala na Amazônia. É como se lá houvesse um solo polivalente. Se o preço do etanol subir, vão tentar fazer novas penetrações na floresta. Além da agropecuária, dos madeireiros, dos loteadores e dos plantadores de soja, a Amazônia também poderá ter daqui a algum tempo os cultivadores de cana. Será que ela resiste?

por Dante Grecco
Fonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL

Vale é eleita a pior empresa do mundo



Vale é eleita a pior empresa do mundo

Após 21 dias de acirrada disputa, a mineradora brasileira Vale foi eleita, nesta quinta, 26, a pior corporação do mundo no Public Eye Awards, conhecido como o “Nobel” da vergonha corporativa mundial. Criado em 2000, o Public Eye é concedido anualmente à empresa vencedora, escolhida por voto popular em função de problemas ambientais, sociais e trabalhistas, durante o Fórum Econômico Mundial, na cidade suíça de Davos.

Este ano, a Vale concorreu com as empresas Barclays, Freeport, Samsung, Syngenta e  Tepco. Nos últimos dias da votação, a Vale e a japonesa Tepco, responsável pelo desastre nuclear de Fukushima, se revesaram no primeiro lugar da disputa, vencida com 25.041 votos pela mineradora brasileira.

De acordo com as entidades que indicaram a Vale para o Public Eye Award 2012 – a Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale (International Network of People Affected by Vale), representada pela organização brasileira Rede Justiça nos Trilhos, e as ONGs Amazon Watch e International Rivers, parceiras do Movimento Xingu Vivo para Sempre, que luta contra a usina de Belo Monte -, o fato de a Vale ser uma multinacional presente em 38 países e com impactos espalhados pelo mundo, ampliou o número de votantes.
Já para os organizadores do prêmio, Greenpeace Suíça e Declaração de Berna, a entrada da empresa, em meados de 2010, no Consórcio Norte Energia SA, empreendimento responsável pela construção de Belo Monte, foi um fator determinante para a sua inclusão na lista das seis finalistas do Public Eye deste ano.

A vitória da Vale foi comemorada no Brasil por dezenas de organizações que atuam em regiões afetadas pela Vale. “Para as milhares de pessoas, no Brasil e no mundo, que sofrem com os desmandos desta multinacional, que foram desalojadas, perderam casas e terras, que tiveram amigos e parentes mortos nos trilhos da ferrovia Carajás, que sofreram perseguição política, que foram ameaçadas por capangas e pistoleiros, que ficaram doentes, tiveram filhos e filhas explorados/as, foram demitidas, sofrem com péssimas condições de trabalho e remuneração, e tantos outros impactos, conceder à Vale o titulo de pior corporação do mundo é muito mais que vencer um premio. É a chance de expor aos olhos do planeta seus sofrimentos, e trazer centenas de novos atores e forças para a luta pelos seus direitos e contra os desmandos cometidos pela empresa”, afirmaram as entidades que encabeçaram a campanha contra a mineradora. Em um hotsite criado para divulgar a candidatura da Vale, forma listados alguns dos principais problemas de empreendimentos da empresa no Brasil e no exterior.

Coletiva
No Brasil, as entidade Rede Justiça nos Trilhos, Núcleo Amigos da Terra Brasil, International Rivers e MST farão uma coletiva de imprensa sobre o premio nesta sexta, 27, ás 12:00 h, na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre.

Já em Davos, Suíça, também ao meio dia (horário local), os organizadores do Public Eye, Declaração de Berna e Greenpeace Suíça, farão a entrega do premio durante uma coletiva no Fórum Econômico Mundial, que contará com a presença do economista americano e vencedor do Premio Nobel, Joseph Stiglitz.

Sol - A nossa estrela



Sol - A nossa estrela

O Sol é a estrela mais próxima de nós, sobre a qual a Terra e todos os outros planetas e objetos do nosso sistema solar orbitam.

Tal como as outras estrelas, o Sol é, basicamente, uma esfera gigante de plasma (gás incandescente) de 4,5 bilhões de anos, que realiza fusões nucleares dos seus átomos em seu centro, devido a enorme pressão gravitacional nesta região. Esta pressão gravitacional tende a concentrar cada vez mais da sua matéria no seu centro, mas é contrabalanceada pela energia da radiação resultante das fusões nucleares, fazendo com que permaneça em equilibrio hidrostático, quando se estabiliza com determinado tamanho. Quando há um desequilíbrio entre estas forças, a estrela sofre mudanças violentas na sua estrutura.

Atualmente, o Sol, considerado uma estrela anã adulta, está fundindo núcleos de hidrogênio, que hoje é 92.1% de sua massa, em núcleos de hélio, 7.8% de sua massa. Portanto, a quantidade de hidrogênio está diminuindo, enquanto aumenta a de hélio. Como o Sol funde 700 milhões de toneladas de hidrogênio a cada segundo, podemos calcular que o hidrogênio deve acabar em cerca de 5 bilhões de anos. Acabando o hidrogênio, a pressão da radiação das fusões nucleares cessará, fazendo com que o hélio acumulado sofra um colapso gravitacional. Devido a nova e maior compressão, a temperatura do núcleo aumentará o suficiente para fazer com que os núcleos de hélio se fundam em elementos mais pesados. Nesta fase, devido a uma maior energia nuclear do que gravitacional, o Sol aumentará muito de tamanho, tanto que poderá "engolir" a Terra. Neste momento, o Sol se tornará uma estrela do tipo gigante vermelha, que deve se expandir até alcançar um tamanho máximo, entrando em equilíbrio hidrostático novamente.

Estrelas mais massivas podem entrar e sair da fase de gigante vermelha várias vezes, a cada etapa queimando nos seus núcleos um combustível mais pesado que na etapa anterior. Mas o nosso Sol deve ficar cerca de um bilhão de anos como gigante vermelha e finalmente colapsar em uma anã branca, que é o produto final de uma estrela como a nossa. Como uma anã branca, ele pode ainda levar um trilhão de anos para esfriar completamente.

Na superfície do Sol, chamada de fotosfera, freqüentemente aparecem as manchas solares, que são regiões mais escuras de tamanhos variados (geralmente maiores que o nosso planeta), onde ocorre uma redução de temperatura e de pressão. O aparecimento das manchas está relacionado a variações do campo magnético do Sol, cuja intensidade média é de 1 Gauss, chegando a milhares de Gauss próximo a elas. Quanto maior a quantidade de manchas solares, maiores são as alterações na ionosfera terrestre, influindo nas comunicações de rádio no planeta Terra.

O Sol tem uma oscilação de atividade em ciclos de aproximadamente 11 anos, os chamados ciclos solares. A máxima duração registrada de um ciclo solar foi de 13 anos e 8 meses (de Setembro de 1784 a Maio de 1798) e a menor duração registrada foi de 9 anos exatos (de Junho de 1766 a Junho de 1775). No período de atividade mais elevada, conhecido como "máximo solar", grandes manchas e intensas explosões ocorrem quase diariamente, enquanto que períodos baixa atividade, denominado de mínimo solar, quase não existem explosões solares e pode passar semanas sem que uma única mancha apareça.

O Sol possui um movimento de rotação, com um período que varia de aproximadamente 25 dias no equador a 36 dias nos pólos. Podemos perceber a rotação do Sol aqui da Terra, observando o deslocamento das manchas solares ao longo do tempo. O Sol também realiza um movimento de translação em torno da Via Láctea, com um período de duzentos milhões de anos.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Olha aí macacada!!! Livros da Fuvest 2013


Livros da Fuvest 2013

Divulgada no início de 2012, a relação de obras de leitura obrigatória indicada pela Fuvest sofreu quatro alterações com relação ao ano passado. Os novos títulos são "Viagens na Minha Terra", de Almeida Garrett, "Til", de José de Alencar, "Sentimento do Mundo", de Carlos Drummond de Andrade, e "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis. A lista é válida para as provas da USP (Universidade de São Paulo) e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).


Como nas edições anteriores, predominam os escritores do século 19 e da primeira metade do século 20 que produziram diferentes leituras do Brasil em suas obras.

Veja abaixo a relação completa dos livros e planeje suas próximas páginas de acordo com o que já leu e o que vai ler.

"Viagens na Minha Terra", de Almeida Garrett;

"Til", de José de Alencar;

"Memórias de um Sargento de Milícias", de Manuel Antônio de Almeida;

"Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis;

"O Cortiço", de Aluísio Azevedo;

"A Cidade e as Serras", de Eça de Queirós;

"Vidas Secas", de Graciliano Ramos;

"Capitães da Areia", de Jorge Amado;

"Sentimento do Mundo", de Carlos Drummond de Andrade.

Eratóstenes


Como Eratóstenes descobriu que a terra é redonda há 2200 anos

Há aproximadamente 285 anos antes de Cristo, Eratóstenes descobriu que a terra é redonda e mais do que isso, conseguiu calcular a circunferência de nosso planeta de forma quase precisa, e incrível, se levarmos em conta os recursos e o conhecimento da época. Chamado popularmente de “beta” por seus contemporâneos, consideravam que Eratóstenes era o segundo melhor do mundo em tudo. Porém, certamente, em muitas coisas, ele era “alfa”.

 Eratóstenes era físico, astrônomo, matemático, historiador, geógrafo e bibliotecário. Nasceu em Cirene, na Grécia, vindo a falecer em Alexandria mais tarde.

Alexandria, na época, era a verdadeira capital do mundo, possuía uma enorme e moderna biblioteca onde Eratóstenes presidiu por um determinado tempo a convite do rei egípcio Ptolomeu III.

Um certo dia, na biblioteca de Alexandria, Eratóstenes leu um artigo bem interessante, onde dizia: Em Siena, mais ao sul de Alexandria, no dia mais comprido do ano (hoje 21 de junho, no pólo norte) precisamente ao meio-dia, o sol não projeta sombra sobre os corpos iluminados.

Como? Pensou Eratóstenes. Como pode um corpo iluminado pelo sol não projetar sombra na cidade de Siena e sempre projetar em Alexandria? Qualquer pessoa poderia ter deixado esse pensamento de lado, mas parece que Eratóstenes, realmente era alfa em muitas coisas.

Eratóstenes sabia que o sol estava tão longe da terra que seus raios chegariam até aqui paralelos, então como explicar que em Alexandria sempre aparecia sombra nos objetos iluminados pelo sol e em Siena não?

Em uma superfície plana isso não era possível de acontecer. Por exemplo, duas varetas, colocadas em locais distintos, devem apresentar o mesmo comprimento de sombra se o mundo fosse plano. Diferenças no comprimento das sobras, disse Eratóstenes, somente poderiam acontecer se a superfície da terra fosse curva, essa era a única explicação plausível.

E mais, no dia mais comprido do ano, Eratóstenes mediu, exatamente ao meio dia, quando o sol ficava a pino em Siena (sombras não eram projetadas), o tamanho da sombra de uma vareta em Alexandria para calcular a diferença de ângulo entre as duas cidades. Isso significa que, na hipótese das varetas serem colocadas tão profundamente, uma em Alexandria e outra em Siena, de modo que ambas se interceptassem no centro da terra, seria formado um ângulo entre elas. Esse ângulo era de (7°).

A diferença do ângulo entre as duas cidades era de exatamente (7°). Como uma esfera completa tem (360°), significa que cabem pouco mais de 50 posições de (7°) na esfera (360:7 = 51,42).

Agora, Eratóstenes precisava saber a distância entre Alexandria e Siena, para isso, ele contratou algumas pessoas para medirem. O resultado foi 800 km.

Multiplicando-se 800 por 50 = 40.000 km, esta foi a medida da circunferência da terra obtida por Eratóstenes. Sabemos que o valor correto atual é de 40.072 Km, ou seja, dois séculos antes de Cristo, usando-se varetas de sombra e cérebro, Eratóstenes mediu com extrema precisão o tamanho da circunferência de nosso planeta.

Ano Bissexto



Ano Bissexto

O ano bissexto é aquele que possui um dia a mais do que os outros anos que possuem  365 dias. No calendário gregoriano, este dia extra é contado a cada 4 anos, sendo incluído sempre no mês de fevereiro, que passa a ter 29 dias. O ano bissexto acontece  porque o ano-calendário tradicionalmente utilizado  possui uma diferença em relação ao ano solar. Enquanto que no calendário tradicional  o ano dura 365 dias para se completar; no calendário solar, dura 365,25 dias.
Essa diferença de 0,25 corresponde a fração de  um quarto de um dia. Sendo assim, a cada quatro anos temos a diferença de um dia em relação ao calendário convencional e solar. Esse dia é justamente o que caracteriza o ano bissexto.
           
Origem nome

O ano bissexto teve início no Egito em 238 a.C. Em 45 a.C. Entretanto, foi o imperador romano Júlio César quem trouxe a idéia do ano bissexto para o ocidente.
No antigo calendário romano, os dias recebiam nomes com base no ciclo lunar e um mês dividia-se em três seções separadas por três dias fixos: Calendas (lua nova), Nonas (quarto-crescente) e Idos (lua cheia). Os dias eram designados por números ordinais contados em ordem retrógrada em relação ao dia fixo subsequente, algo semelhante ao costume que temos em dizer um horário de 16:45h com sendo “15 para as 5”.
Desta forma o dia 3 de fevereiro, por exemplo, chamava-se “antediem III Nonas Februarii”, ou seja “três dias antes da Nona de Fevereiro” e o dia 24 de fevereiro chamava-se “antediem VI Calendas Martii” ou “antediem sextum Calendas Martii”, ou seja “sexto dia antes da Calendas de Março”.
O imperador romano Julio César ao fazer a introdução de mais um dia no ano, optou pelo o mês de fevereiro, e dentro deste mês escolheu por duplicar o dia 24, chamando-o de “antediem bis-sextum Calendas Martii” (De novo o sexto dia antes das Calendas de Março), surge então o nome “ bissexto”, que passou a designar o ano que tivesse este dia suplementar.
Júlio César escolheu o mês de fevereiro para adicionar um dia porque, além de ser o mês mais curto do ano, com 28 dias, também era  último mês do ano entre os romanos, e que por eles era considerado como um mês egativo. Desta forma a escolha por duplicar o dia 24, ao invés de ser introduzido o novo dia 29 (como atualmente fazemos) se deu por motivos supersticiosos.
                              
Como calcular um ano bissexto
A partir da introdução do calendário Gregoriano foram adotadas as seguintes regras:
1- Todo ano divisível por 4 é bissexto.
2- Todo ano quando divisível por 100 não é ano bissexto.
3- Mas, se o ano for também divisível por 400 é ano bissexto.
Outras formas de contar o tempo
Existem outras formas  de contar o tempo. Os chineses, por exemplo, baseiam seu calendário através dos movimentos da Lua e dividem o tempo em ciclos de 60 anos. Porém, o calendário gregoriano  foi escolhido para ser universal, reconhecido por todos os países.

Próximos anos Bissextos: 2012, 2016, 2020, 2024, 2028, 2032, 2036, 2040, e etc.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Ciência em LUTO!!!!



Ciência em LUTO!!!! Morre Eric Hobsbawm, um dos maiores historiadores do século 20


Um dos mais influentes historiadores do século 20, o britânico Eric Hobsbawm morreu nesta segunda-feira em Londres aos 95 anos, confirmaram familiares. Em entrevista à imprensa, a filha de Hobsbawn, Julia, disse que seu pai morreu no início da manhã no Royal Free Hospital, onde ele se tratava de uma pneumonia. "Sua ausência será imensamente sentida não só por sua esposa de mais de 50 anos, Marlene, por seus três filhos, sete netos e bisnetos, mas também por muitos leitores e estudantes ao redor do mundo", informou um comunicado da família. A reputação do historiador deve-se, principalmente, a quatro obras escritas por ele, entre elas "Era dos Extremos: o Breve Século 20: 1914 - 1991", livro que foi traduzido em 40 línguas. De família judia, Hobsbawm nasceu na cidade de Alexandria, no Egito, em 1917, o mesmo ano da Revolução Russa, que representou a derrocada do czarismo e o início do comunismo no país. Não por coincidência, a vida do historiador e seus trabalhos foram moldados dentro de um compromisso duradouro com o socialismo radical. O pai de Hobsbawm, o britânico Leopold Percy, e sua mãe, a austríaca Nelly Grün, mudaram-se para Viena, na Áustria, quando o historiador tinha dois anos e, logo depois, para Berlim, na Alemanha. Hobsbawm aderiu ao Partido Comunista aos 14 anos, após a morte precoce de seus pais. Na ocasião, ele foi morar com seu tio. Em 1933, com o início da ascensão de Hitler na Alemanha, ele e seu tio mudaram-se para Londres, na Inglaterra. Após obter um PhD da Universidade de Cambridge, tornou-se professor no Birkbeck College em 1947 e, um ano depois, publicou o primeiro de seus mais de 30 livros. Hobsbawm foi casado duas vezes e teve três filhos, Julia, Andy e Joshua. Na década de 80, Hobsbawm comentou sobre sua fuga da Alemanha. "Qualquer um que viu a ascensão de Hitler em primeira mão não poderia ter sido ajudado, mas moldado por isso, politicamente. Esse garoto ainda está aqui dentro em algum lugar - e sempre estará". Obra Entre as obras mais conhecidas de Hobsbawm, estão os três volumes sobre a história do século 19 e "Era dos Extremos", que cobriu oito décadas da Segunda Guerra Mundial ao colapso da União Soviética. Já como presidente do Birkbeck College, ele publicou seu último livro, "Como mudar o mundo - Marx e o marxismo 1840-2011", no ano passado. O historiador afirmou que ele tinha vivido "no século mais extraordinário e terrível da história humana". Marxista inveterado, ele reconheceu a derrocada do comunismo no século 20, mas afirmou não ter desistido de seus ideais esquerdistas. Em abril deste ano, Hobsbawm disse ao colega historiador Simon Schama que ele gostaria de ser lembrado como "alguém que não apenas manteve a bandeira tremulando, mas quem mostrou que ao balançá-la pode alcançar alguma coisa, ao menos por meio de bons livros".