sábado, 31 de março de 2012

Mundo se prepara para apagar suas luzes durante Hora do Planeta

Mundo se prepara para apagar suas luzes durante Hora do Planeta

Redação Internacional, 30 mar (EFE).- Cento e trinta e cinco países se preparam para apagar suas luzes neste sábado durante 60 minutos, numa iniciativa conhecida como Hora do Planeta, que tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre as mudanças climáticas.
Entre às 20h30 e 21h30 (hora local) de sábado, as principais cidades do mundo apagarão seus principais monumentos. A 'Hora do Planeta' foi criada pela organização ambientalista Fundo Mundial para a Natureza (WWF).

A iniciativa surgiu em 2007, em Sydney, na Austrália, como um evento local e acabou se transformando numa campanha global que envolve milhões de pessoas.

Neste ano, o Big Ben, em Londres, a Grande Muralha da China, o Portão de Brandeburgo, em Berlim, a cúpula de São Pedro, em Roma, e o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, serão alguns dos monumentos que serão apagados.

Na Alemanha, dezenas de cidades adotarão a Hora do Planeta. Em Berlim, serão desligadas as luzes da Prefeitura Vermelha, da torre de comunicações da praça Alexanderplatz e da Academia das Artes.

No Reino Unido, além do Big Ben, farão parte da iniciativa o palácio de Buckingham e o castelo escocês de Edimburgo.

Na Espanha, uma novidade será um mosaico humano que formará a figura de um panda gigante (símbolo de WWF) na Plaza de Oriente, em Madrid.

Além disso, serão apagados o templo da Sagrada Família de Barcelona, o Palácio Real de Madri, a Alhambra de Granada, a mesquita de Córdoba e o Aqueduto de Segóvia.

Em Moscou, serão desligadas as luzes das Sete Irmãs, conjunto de arranha-céus construído na época de Stalin, e o estádio olímpico Luzhniki. Em São Petersburgo, milhares de pessoas se reunirão na Praça do Palácio com velas durante a Hora do Planeta.

Em Amsterdã, ficarão às escuras uma das torres da cidade, a Westertoren, o zoológico Artis e o estádio do Ajax. Também participarão da iniciativa a torre Euromast de Roterdã, a catedral de Utrecht e o Palácio da Paz em Haia.

Dois dos monumentos mais célebres da Bélgica, o Atomium e a Grand Place de Bruxelas, também se somarão aos 60 minutos sem luz. A medieval Grote Markt, em Bruges, será iluminada pela luz produzida por pedaladas de bicicletas geradoras de eletricidade.

Em Roma, o principal dançarino do teatro La Scala, Roberto Bolle, será o encarregado de apagar simbolicamente, no Castelo de Santo Ângelo, as luzes de toda Itália. No local, um grupo de 128 ciclistas pedalarão para gerar a eletricidade necessária para que seja realizado um concerto no local.


Além disso, ficarão apagados no país a basílica de São Pedro, em Roma; o teatro La Escala e o Duomo, em Milão; a praça de São Marcos, em Veneza; e a Torre de Pisa.

No Chile, cerca de 400 voluntários se reunirão com tochas na Praça Sotomayor, na cidade de Valparaíso, para formar o símbolo da campanha. Na Patagônia, no extremo sul do país, duzentos moradores da pequena localidade de Villa Cerro Castillo deixaram a aldeia às escuras.

No Paraguai, um grupo de ciclistas percorrerá os arredores de um movimentado centro comercial na capital Assunção, enquanto a orquestra 'Sonidos de mi tierra', que utiliza instrumentos musicais elaborados com materiais reciclados, fará uma apresentação.

Também à luz das velas, o músico sul-africano Madala Kunene fará um show na Universidade de Kwazulu Natal, em Durban. Em Nairóbi, no Quênia, um dos edifícios mais altos da África, o Centro Internacional de Conferências Kenyatta, será apagado.

Na China, além da Muralha da China, pontos de 86 cidades serão desligados, como a Exposição Mundial de Xangai. Na Austrália, a Opera House será desligada e será feito um cruzeiro pela baía de Sydney num navio que funciona com energia renovável.

Dois dos maiores edifícios de Teerã, a torre Milad e a Azadi, apagarão suas luzes, da mesma forma que a histórico ponte Se-ou-se Pol (Ponte dos Trinta e Três Arcos), um dos monumentos mais conhecidos do país.

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Fonte: EFE Brasil, EFE Multimedia, Atualizado: 30/3/2012 18:09

130 cidades brasileiras apagam as luzes neste sábado

130 cidades brasileiras apagam as luzes neste sábado

"Edição 2012 da Hora do Planeta pretende ultrapassar a meta de 1 bilhão de casas apagadas pelo mundo"


SÃO PAULO - O Parque do Arpoador, no Rio de Janeiro, sedia neste sábado, 31, a celebração brasileira da Hora do Planeta, movimento que levou mais de 1 bilhão de pessoas a apagarem as luzes em todo o mundo no ano passado. Ícones da paisagem carioca estarão às escuras entre 20h30 e 21h30, como o Cristo Redentor, a igreja da Penha, o Monumento dos Pracinhas, a orla de Copacabana e o Arpoador. Além do Rio, outras 25 capitais e 130 cidades brasileiras participam do ato simbólico, apagando 580 monumentos. No ano passado, 123 municípios, entre eles 20 capitais, aderiram à campanha.
Agora em 2012, estão confirmadas a participação dos paulistanos Obelisco do Ibirapuera, Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira, Monumento às Bandeiras, Theatro Municipal, Biblioteca Mário de Andrade, Arcos do Anhangabaú (baixos do Viaduto do Chá), Mercado Municipal e Estádio do Pacaembu, além do Hospital Israelita Albert Einstein. Pelo País, também terão suas luzes apagadas o Farol da Barra e o Elevador Lacerda, em Salvador, o Monumento a Bento Gonçalves, em Porto Alegre, o Mercado Central de Porto Velho, em Rondônia, e o Horto Florestal de Rio Branco, no Acre.
'O País será anfitrião da conferência da Organização das Nações Unidas que debaterá o desenvolvimento sustentável, a Rio+20. O ato de apagar as luzes hoje será mais uma forma de mostrar ao mundo que os brasileiros querem um futuro com desenvolvimento econômico que respeite os limites do planeta e gere inclusão social', diz a superintendente de Engajamento do WWF-Brasil, Regina Cavini.
A primeira Hora do Planeta ocorreu em março de 2007, apenas na cidade australiana de Sidney.
Entre os monumentos mundiais que já participaram da iniciativa e apagaram suas luzes estão as pirâmides do Egito, a Torre Eiffel, em Paris, a Acrópole, em Atenas e a cidade de Las Vegas.

Fonte: Estadão

domingo, 25 de março de 2012

Trabalho de Geografia 1º Bimestre


Meus Queridos!!!

O trabalho de Geografia  dos alunos do 1º e 2º anos do Ensino Médio da E.E. Hilton Reis Santos, consiste em responder as questões que seguem ao final deste post, para isso, recomendo a leitura e análise dos textos disponíveis aqui mesmo no blog. Os textos tratam de uma das questões mais polêmicas dos últimos tempos A Transposição do Rio São Francisco, temos dois textos, sendo um a favor e outro contra o projeto. 

Data de entrega: até 05/04/2012

Boa Leitura!!!


Questões

1) O que é a Transposição do Rio São Francisco?
2) A quem serve a Transposição do rio? Quem serão os maiores beneficiados? Justifique.
3) Discuta a cerca dos maiores impactos ambientais decorrentes da transposição. E aponte maneiras de minimizá-los.
4) Relacione: Reforma Agrária e a Transposição do Rio São Francisco.
5) Elabore um breve texto expondo sua opinião a respeito da transposição do rio?

Os textos são os seguintes:
Transposição do Rio São Francisco - Texto Contra
Transposição do Rio São Francisco - Texto A Favor

quinta-feira, 22 de março de 2012

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DA ÁGUA


DECLARAÇÃO UNIVERSAL DA ÁGUA


01. A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade e cada cidadão é plenamente responsável pela água nossa de cada dia;

02. A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial da vida em todo ser vegetal, animal ou humano. Sem água não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano - o direito à vida, tal qual é estipulado no Artigo 30 da Declaração Universal dos Direitos do Homem.

03. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

04. O equilibrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e dos seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente, para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilibrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

05. A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é sobretudo um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

06. A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: é preciso saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

07. A água não deve ser disperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento, para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

08. A utilização da água implica o respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo o homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

09. A gestão da água impõe um equilibrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

10. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.


DIA MUNDIAL DA ÁGUA

DIA MUNDIAL DA ÁGUA


No dia 22 de março de 1992, a ONU divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água”. Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.

O Dia Mundial da Água foi criado pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas através da resolução A/RES/47/193 de 22 de Fevereiro de 1993, declarando todo o dia 22 de Março de cada ano como sendo o Dia Mundial das Águas. Um dia destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural. Cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo).

E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. O Dia Mundial da Água tem como objetivo principal criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.

Acabar com a fome depende de um melhor uso da água, diz ONU




Acabar com a fome depende de um melhor uso da água, diz ONU


O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, afirmou nesta quinta-feira, Dia Mundial da Água, que só com um bom aproveitamento da água será possível vencer a luta do combate à fome. Para alertar a população sobre essa previsão, Ban enviou uma declaração que foi lida no começo da cerimônia do Dia Mundial de Água 2012, realizada na sede da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), em Roma.
A água potável vai mesmo acabar; tire suas dúvidas
"Se não aumentarmos nossa capacidade de utilizar a água sabiamente na agricultura, não conseguiremos acabar com a fome e, por consequência, teremos que enfrentar uma série de problemas, incluindo a seca, a fome e a instabilidade política", advertiu Ban.
Ban Ki-moon também fez questão de assegurar que, para produzir alimentos suficientes para uma população em rápido crescimento, a comunidade internacional precisa garantir o uso sustentável "do recurso limitado mais importante" do mundo: a água.
O secretário-geral da ONU ainda advertiu que "a escassez da água está aumentando, enquanto a taxa de crescimento da produção agrícola se desacelerou", dois fatores que afetam diretamente "os camponeses nos países de baixa renda, os mais vulneráveis e menos capazes de se adaptar".
"Garantir a segurança alimentar e hídrica sustentável para todos requer a transferência das tecnologias adequadas, a promoção dos pequenos produtores alimentícios e a conservação dos ecossistemas essenciais", apontou Ban, que cobrou "políticas que promovam o direito à água para todos".
"A água terá um papel-chave na construção do futuro que queremos", concluiu Ban, que indicou que a comunidade internacional precisará reunir dados de segurança hídrica, alimentar e nutricional no contexto de uma economia verde na próxima Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, que será realizada em junho, no Rio de Janeiro.
O diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, indicou que para um melhor aproveitamento da água é preciso intensificar a agricultura sustentável, usar a água de forma mais inteligente e também mudar a forma de como comemos, reduzindo o desperdício e promovendo dietas mais saudáveis.
"Para alcançar essas metas temos que investir em pessoas, infraestruturas, educação e conscientização, assim como encontrar incentivos para que os pequenos camponeses adotem boas práticas e fortaleça sua capacidade de produtividade", acrescentou Graziano da Silva.
Segundo a FAO, a cada ano cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçadas. Uma redução de 50% dessas perdas poderia resultar em uma economia de aproximadamente 1.350 km cúbicos de água a cada ano.
Fonte: Terra

Por que há tanto petróleo no Oriente Médio?


Por que há tanto petróleo no Oriente Médio?

A região passou por vários processos naturais que favoreceram o acúmulo desse óleo chamado de ouro negro. Há 40 milhões de anos, o movimento das placas tectônicas - gigantescos blocos de rocha sobre os quais se assentam oceanos e continentes do planeta - contribuiu para o fechamento dos oceanos primitivos da região. Essa água evaporou e minúsculos vegetais marinhos se depositaram no fundo dos mares. Por meio de decomposição - e também de aumento na pressão e na temperatura -, o material orgânico desses microorganismos deu origem ao petróleo. A sorte do Oriente Médio é que lá cada uma dessas etapas aconteceu no tempo geológico mais adequado. Além disso, o choque entre as placas teve outro efeito. "A Península Arábica se desprendeu da África e se deslocou para o norte. A colisão entre as placas Arábica e Eurasiana criou muitas dobras nas camadas do subsolo onde o petróleo se deposita", afirma o geólogo Peter Szatmari, da Petrobrás.

Nesses enormes reservatórios subterrâneos, o petróleo ficou armazenado entre grãos de areia e rochas sedimentares - materiais que, no Oriente Médio, são abundantes e muito porosos, deixando o petróleo fluir com facilidade. Outro fator importante: o óleo não escapa do subsolo graças a uma camada impermeável de sal - também originada da evaporação dos mares antigos -, que funciona como uma tampa protetora. Como se não bastasse, tudo isso ainda está aliado a outra vantagem: o clima seco. "Com ele, há pouca possibilidade de que água e bactérias rompam a camada de sal, penetrem no solo e contaminem o óleo", diz Peter.

A casca terrestre é feita de imensos blocos de rocha chamados placas tectônicas. No Oriente Médio, duas delas se mantêm em choque uma com a outra: a placa Arábica e a Eurasiana. Essa colisão cria, no subsolo, vãos que acabam se transformando em reservatórios de petróleo.

Por que os ventos sopram da terra para o mar durante o dia e, à noite, do mar para a terra?


Por que os ventos sopram da terra para o mar durante o dia e, à noite, do mar para a terra?

O ar sempre se desloca do ponto onde a pressão é mais alta para onde ela é mais baixa. Isso explica porque a brisa marítima surge da diferença de temperatura entre o mar e o continente. Para se aquecer, a água precisa de mais energia solar do que a terra. Ambas recebem a mesma quantidade de energia, mas o mar aquece mais porque o solo é mau condutor e concentra o calor - enquanto a água é boa condutora e dispersa o calor para as profundezas. Assim, a temperatura mais alta da terra aquece o ar sobre ela, tornando a pressão atmosférica menor que sobre o oceano e fazendo o vento soprar para a terra. À noite, a situação se inverte: o mar demora para resfriar porque as águas profundas mantêm a temperatura noturna quase igual à diurna. O ar sobre o oceano é mais quente que na terra. Como a pressão sobre o continente é mais elevada, os ventos se dirigem para o mar, que tem pressão mais baixa.


Fonte: Mundoestranho

segunda-feira, 19 de março de 2012

A ciência chora a morte de Aziz

A ciência chora a morte de Aziz

Cientistas e acadêmicos se emocionam ao lamentar a morte de Aziz Ab'Saber, geógrafo considerado um cientista ético, intelectual e humanista. Ab'Saber faleceu na última sexta-feira (16), em sua casa, em São Paulo.

Com engajamento político, as últimas principais lutas do intelectual foram contra a transposição do Rio São Francisco e contra o andamento da proposta do novo Código Florestal, em tramitação no Congresso Nacional. Considerando o texto limitado diante da extensão territorial do Brasil, Ab'Saber disse ao Jornal da Ciência, em meados de dezembro último, que o País precisa de um código da biodiversidade capaz de proteger todas as espécies animais e vegetais e todos os biomas brasileiros. 

A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, destaca que a posição ética e humanitária de Ab'Saber são suas características marcantes. "A ciência brasileira chora a ausência do grande professor Aziz, humanista e cientista, sempre presente na nossa história, sempre lutando pelos valores da ética e da moral; sempre disponível para todas as pessoas, especialmente para os jovens", lamenta Helena, também professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Na mesma linha, o vice-presidente da SBPC, Ennio Candotti, considera Ab'Saber um instrutor. "Mestre e maestro, a orquestra tocará mesmo sem você. Aprendemos e não esquecemos a bibliografia Aziz. Leve lembranças boas da SBPC ao Albertino Rodrigues, ele como nós [tristes] gostamos muito de você... sei que você o encontrará em breve", disse Candotti, também professor da Universidade do Estado do Amazonas e diretor geral do Museu da Amazônia, lembrando de José Albertino Rodrigues, vice-presidente da SBPC, ex-aluno de Ab'Saber e que morreu de forma trágica em meados de 1990.

Marca do Código da Biodiversidade - A Academia Brasileira de Ciências (ABC) também manifesta os sentimentos da diretoria pela perda de Ab'Saber. "Além de ser um geógrafo com referência internacional na contribuição para a área de pesquisa, Ab'Saber foi um cidadão com papel político de grande relevância, defendendo, por exemplo, um Código da Biodiversidade da Amazônia. Sem dúvidas, é uma perda muito grande tanto para a área científica quanto para o País como um todo. Ele foi uma figura pertinente que defendeu ideias importantes, como o Código da Biodiversidade", destaca o diretor da ABC, Luiz Davidovich, físico da Universidade Federal do Rio de janeiro (UFRJ).

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, concorda que a ciência brasileira perde um de seus mais expressivos representantes. "O lamento pela morte de Aziz equivale ao privilégio de ter podido conviver e partilhar com ele momentos e situações importantes para a construção da vida científica brasileira", disse Raupp, ex-presidente da SBPC.

Para Raupp, Ab'Saber "era dono de uma lucidez irrequieta e de uma formidável capacidade de lançar ideias muito à frente do senso comum, e também desafiadoras e provocantes até mesmo para o melhor pensamento estabelecido".

O ministro destaca como "bom exemplo" das características de Ab'Saber o posicionamento nas recentes discussões do novo Código Florestal, "não para repetir clichês ou acentuar antagonismos", mas sim para propor a criação de um Código da Biodiversidade, avanço que um dia o Brasil "certamente consolidará".

"Em razão da oportunidade de seus estudos, da acuidade de suas ideias, da extensão de sua obra e da longevidade de sua vida profissional, Aziz Ab'Saber já fazia parte da história intelectual brasileira há muitos anos. Agora ele entra para a eternidade, mas seu legado de centenas de trabalhos continuará a nos guiar pelos caminhos que conheceu como poucos, como os da geografia, da ecologia, da biologia evolutiva, da geologia e da arqueologia", disse Raupp em nota, publicada no site do MCTI.

Leituras Indispensáveis - A notícia sobre o falecimento de Ab'Saber foi dada aos cientistas reunidos na manhã da última sexta-feira (16) na unidade da SBPC, em São Paulo, quando discutiam temas sobre a 64ª Reunião Anual da SBPC, que ocorrerá em julho no Maranhão. Um dos pontos da pauta era justamente sobre Ab'Saber que vinha trabalhando arduamente para lançar, nesse evento, a terceira edição do livro da coleção "Leituras Indispensáveis". A obra será publicada pela SBPC, diferentemente das duas primeiras edições que foram publicadas pela Ateliê Editora.

Defensor da difusão social da ciência nessa última publicação o intelectual recusou o pedido da Ateliê Editora de publicar a obra no formato digital. Na opinião de Ab'Saber, essa iniciativa dificultaria o acesso das pessoas ao conteúdo.

Ao destacar que o livro será lançado na 64ª Reunião Anual da SBPC para atender ao desejo de Ab'Saber, a secretária-geral da SBPC, Rute Andrade, diz que o professor deixa um enorme legado na área científica. Rute lamenta também a morte de César Ades, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), Ades faleceu na mesma semana, aos 69 anos, devido a traumatismos ocasionados por um atropelamento na Avenida Paulista.

"A minha tristeza se concentra no fato de estarmos perdendo cientistas, principalmente humanistas. Ou seja, pessoas que fazem ciência da forma que tem de ser feita [usando o conhecimento para trazer o bem-estar para as pessoas]. Hoje temos poucos [cientistas humanistas], mas acreditamos que o vazio que essas pessoas nos deixam desperte para que outros possam ser como eles", sublinha Rute, bióloga e pesquisadora do Instituto Butantan e ex-aluna de pós-graduação de Ab'Saber.

Segundo a secretária-geral da SBPC, pelo projeto discutido com  Ab'Saber, o próximo livro do intelectual será publicado, pela primeira vez também em braile para atingir um número maior de leitores.

Nos livros da coleção "Leituras Indispensáveis", Ab'Saber busca respostas para as dúvidas de estudantes. "Busco colocar em meus livros tudo que os alunos não sabem responder em sala de aula [assim eles ficam sabendo]", disse Ab'Saber, em uma conversa rápida com o Jornal da Ciência em dezembro último. Na coleção, Ab'Saber publica textos desconhecidos e de divulgação inédita de grandes nomes da geografia, por exemplo, por considerá-los importantes para a formação humana.

A conquista de jovens - Não teve facebook e nem aderiu às redes sociais, mas Ab'Saber conseguiu conquistar uma legião de jovens, destaca Soraya Smaili,  professora livre docente da farmacologia  da Unifesp.  "A síntese de Aziz é a força do exemplo. Muitas vezes ele não precisava dizer nada, só a presença dele, a trajetória dele, o exemplo dele são tão fortes que as pessoas o seguiam", disse. "Ele lutou pelo melhor mundo e pelos justos", complementa Soraya, que ao longo dos anos construiu uma forte ligação com o intelectual. A presidente da SBPC concorda. "Ele foi um grande aliciador de jovens para a ciência, à educação e à ética", complementa Helena.

Segundo recorda Soraya, mesmo sem perfil nas redes sociais as palestras "de Aziz" eram superlotadas com a presença de jovens. "Aziz tinha um coração enorme, acolhedor, agregador. Nunca o vi dirigir palavras de maltrato a qualquer pessoa, de autoritarismo", declarou ela ao descrever o intelectual. Uma das preocupações de Aziz, segundo Soraya, era com a biblioteca que ele construiu em sua trajetória de vida, calculada nos últimos anos em cerca de nove mil títulos.

(Viviane Monteiro - Jornal da Ciência)

Unesp e Cetesb firmam parceria para monitorar qualidade de água


Unesp e Cetesb firmam parceria para monitorar qualidade de água


Para especialista, acordo tornará unidades envolvidas referências em análises ambientais

O Centro de Estudos Ambientais (CEA), unidade complementar da Unesp no Câmpus de Rio Claro, e o Laboratório de Estudos de Bacias da Unesp (Lebac) firmaram uma parceria com a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e com centros internacionais de referência em pesquisas na área de recursos hídricos. O acordo, ratificado em 17 de fevereiro, na sede do CEA, permitirá o desenvolvimento do projeto Monitoramento da Qualidade de Águas Subterrâneas.


Segundo o coordenador executivo do CEA, Roberto Naves Domingos, a iniciativa tornará o Centro destaque nacional em pesquisas na área ambiental além de formar recursos humanos para atuar neste setor.


A ocasião serviu também para a formalização de acordos de cooperação em andamento, envolvendo o Lebac, vinculado aoInstituto de Geociências e Ciências Extas (IGCE); a Universidade de Waterloo, no Canadá; o Helmholtz Centre for Environmental Research (UFZ), da Alemanha; a Fundação Florestal do Estado de São Paulo; e a Associação Brasileira de Água Subterrânea (ABAS). O evento teve a presença do presidente da Cetesb, o engenheiro Otávio Okano, do prefeito de Rio Claro, Du Altimari, e de pesquisadores.


Detecção de contaminantes


O estudo de contaminação da água está focado na bacia formada pelos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, e na sub-bacia composta pelo rio Corumbataí, que abastece os municípios de Rio Claro e Piracicaba. Inicialmente, a área de pesquisa está definida por poços perfurados na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade, em Rio Claro. "O local apresenta condições de área tropical, com aquíferos rasos a dois metros de profundidade", explica o professor Everton de Oliveira, do curso de Pós-Graduação em Geociências e Meio Ambiente do IGCE e pesquisador do Lebac.


As análises para detectar contaminações por compostos orgânicos, como as que ocorrem por derivados de petróleo, serão realizadas no Lebac, sob a coordenação do professor Chang Hung Kiang e no Laboratório Móvel. Já as análises para verificar contaminações inorgânicas, como por exemplo teor de metais na água, serão feitas no Laboratório de Espectrometria Atômica, vinculado ao CEA, sob a responsabilidade do professor Amauri Antonio Menegário.


De acordo com Oliveira, esse esforço envolvendo universidades estrangeiras vai permitir que o país desenvolva parâmetros próprios para o estudo de águas subterrâneas, com base no clima e no tipo de solo locais. "Ainda usamos parâmetros internacionais para experimentos em áreas tropicais", esclarece. "Estamos dando um enorme passo para consolidação de pesquisas voltadas ao meio ambiente".


Laboratório Móvel


Estimado em 400 mil Euros, o Laboratório Móvel de Pesquisas é uma doação do governo da Alemanha por meio da UFZ ao IGCE. É composto por um conjunto de equipamentos de última geração instalado em um contêiner de aproximadamente 12 metros de comprimento por 2,5 de largura. Com capacidade para realizar análises de materiais orgânicos e inorgânicos, pode ser deslocado para a área desejada.


Laboratório de Espectrometria Atômica


Montado com recursos captados junto à Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e Petrobrás, este Laboratório tem um espectrômetro de fluorescência atômica, que mede separadamente a quantidade de elementos metálicos presentes na água, entre eles o mercúrio, o arsênio e o selênio.


Outros equipamentos, como espectrômetro de massa e espectrômetro de emissão ótica, medem os mesmos elementos ao mesmo tempo. A diferença entre eles é de sensibilidade. O primeiro é capaz de detectar a presença de quantidades muito pequenas de metais, explica o pós-doutorando Carlos Alfredo Suárez.


Da Unesp

quarta-feira, 14 de março de 2012

No ensino médio, 58% não sabem básico de matemática


No ensino médio, 58% não sabem básico de matemática


Maioria dos concluintes tem desempenho abaixo do esperado, aponta Saresp.

Apenas 4,2% dos estudantes que concluíam o ensino médio da rede estadual paulista em 2011 tinham um conhecimento adequado em matemática. Seis em cada dez não sabiam nem o básico do que era esperado para a série na mesma disciplina.

A informação faz parte do balanço do Saresp, exame do governo paulista que avalia anualmente o conhecimento de matemática e português de estudantes do 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio. Os dados foram divulgados ontem (7) à tarde.

O balanço mostra que 58,4% dos alunos do 3º ano do ensino médio tiveram desempenho considerado "abaixo do básico" (insuficiente) em matemática, no conceito adotado pelo estado. Isso significa dizer, por exemplo, que a maioria dos estudantes de 17 anos não sabia resolver problemas de equação de segundo grau com duas incógnitas. A proporção de estudantes que ficou nessa categoria aumentou em relação a 2010 - ano em que ficou em 57,7%.

Além do "abaixo do básico" e do "adequado", a escala tem ainda o "avançado" (para estudantes que sabiam mais do que o requerido, onde estão 0,3% dos alunos) e o "básico" (37,1%) - nesse nível, o conhecimento dos conteúdos é considerado mínimo; no "adequado", o conhecimento é visto como pleno.

Estudantes no "abaixo do básico" tiveram nota na prova de matemática inferior a 275 pontos (de um total de 500). Na escala, essa é a nota considerada adequada para estudantes do 5º ano do ensino fundamental e básica para os do 9º ano. "Os dados mostram que quase 60% dos estudantes do 3º ano têm um desempenho médio esperado para estudantes do 9º ano", avalia Ocimar Alavarse, professor da Faculdade de Educação da USP e especialista em avaliações educacionais.

A comparação é possível, de acordo com ele, porque a escala de pontos é a mesma para todos os anos. A secretaria contesta a interpretação do professor - afirma que em cada série a prova cobra habilidades cognitivas diferentes.

Melhora geral - Na média, os dados mostram que a nota dos alunos no ano passado teve leve melhora em relação a 2010, quando houve um recuo nos resultados da maioria das séries. Os alunos do 5º ano do fundamental foram os que progrediram mais em língua portuguesa e em matemática, como já vinha acontecendo nos anos anteriores.

A leve melhora geral, no entanto, não foi suficiente para elevar as notas dos estudantes das outras duas séries ao patamar de pelo menos três anos antes. No 9º ano, a nota de português de 2011 é menor do que a dos alunos da série em 2007. No 3º ano, as notas de 2011 foram menores que as de 2008 nas duas disciplinas.

(Folha de São Paulo)

Fórum Mundial da Água começa com alertas sobre escassez de água doce


Fórum Mundial da Água começa com alertas sobre escassez de água doce


O Sexto Fórum Mundial da Água foi inaugurado na manhã desta segunda-feira (12) em Marselha, no sul da França.

O Fórum vai contar com a participação de milhares de delegados que discutirão como encontrar soluções para garantir o acesso à água doce em condições sanitárias decentes para todos no mundo. Sob o lema "É hora de soluções", o Fórum, que reúne durante seis dias chefes de Estado e de governo, ministros e representantes de empresas e da sociedade civil de 140 países, foi inaugurado pelo primeiro-ministro francês François Fillon.

Esta reunião sobre a água, realizada a cada três anos, foi aberta com chamados de advertência das Nações Unidas de que a mudança climática e o crescimento demográfico provocaram um aumento da pressão sobre a água, o que obriga a repensar como satisfazer esta galopante demanda do líquido.

Declarando que "os desafios são imensos e os números são tenazes", o chefe de governo francês lembrou que "o número de seres humanos que não têm acesso à água salubre são contabilizados em bilhões". E "o número de mortos a cada ano devido aos riscos sanitários é contado em milhões", acrescentou Fillon. "Esta situação não é aceitável", declarou o primeiro-ministro, que é também titular do ministério de Ecologia da França.

Diferentemente dos Fóruns sobre a água anteriores, o de Marselha promete "soluções concretas" para garantir uma distribuição equitativa da água, cujo direito foi reconhecido pelas Nações Unidas em 2010. A reunião deverá ser concluída com propostas sobre como aliviar a crescente pressão sobre este valioso recurso e como repartir melhor a água potável, já que cerca de 800 milhões de pessoas no mundo não têm acesso a ela.

Entre os líderes mundiais que participarão da reunião em Marselha estão Mohammed VI do Marrocos, o chadiano Idriss Deby e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, além de cerca de 60 ministros. Além de líderes governamentais, chefes de empresas, associações e organizações não governamentais discutirão o tema da água, esperando chamar a atenção internacional sobre a urgência de gerir melhor os recursos hídricos.

Em Marselha também será realizado um Fórum alternativo, que reunirá centenas de organizações não governamentais. Cerca de dois mil representantes da sociedade civil, provenientes da América Latina, Espanha, Alemanha, Europa, África e Estados Unidos participarão do encontro, que tem início na quarta-feira (14).

Como pano de fundo destas duas reuniões está o alarmante estudo da ONU apresentado nesta segunda-feira, que ressalta que as mudanças climáticas, com suas consequentes secas e inundações, estão agravando a situação da água, ao derreter as geleiras e provocar mudanças nos padrões de chuva, o que impacta seriamente nas fontes de água.

(Jornal do Brasil)

quinta-feira, 8 de março de 2012

O que é Rio+20?


O que é Rio+20?

por um mundo melhor

 Em junho, o Brasil sediará a Rio+20, conferência da ONU que reunirá líderes do mundo todo para discutir meios de transformar o planeta em um lugar melhor para se viver. O evento será realizado no Rio de Janeiro, 20 anos depois da Eco92, que teve como protagonista uma menina de apenas 12 anos Débora Spitzcovsky - Edição: Mônica Nunes

 Planeta Sustentável- 29/07/2011
 menos aA mais 
Você já deve ter lido na internet ou visto na TV que, em 2012, o Brasil será sede de uma importante conferência da ONU - Organização das Nações Unidas*: a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, apelidada de Rio+20*. Mas você faz ideia do que acontecerá durante esse evento? Do que ele representa para o nosso futuro?

Em junho, líderes dos 193 Estados que fazem parte da ONU, além de representantes de vários setores da Organização, se reunirão para discutir como podemos transformar o planeta em um lugar melhor para viver, inclusive para as futuras gerações. Uma grande responsabilidade, não é mesmo?

A ideia da realização dessa Conferência no Brasil foi do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em 2007, fez a proposta para a ONU. E você sabe por que o evento recebeu o nome de Rio+20? Porque a reunião acontecerá no Rio de Janeiro, exatamente 20 anos depois de outra conferência internacional que tinha objetivos muito semelhantes: a Eco92, também promovida pela ONU, na capital fluminense, para debater meios possíveis de desenvolvimento sem desrespeitar o meio ambiente.

O evento rendeu a criação de vários documentos importantes - como a Agenda 21, a Carta da Terra e as Convenções do Clima e da Diversidade Biológica -, além de ter consagrado uma menina de - acredite! -, apenas, 12 anos.

Trata-se da pequena canadense Severn Suzuki, fundadora do movimento Eco - Organização Ambiental das Crianças, que ficou marcada na história da Eco92 ao juntar dinheiro, junto com três amigos - Michelle Quigg, Vanessa Suttie e Morgan Geisler* - para viajar para o Brasil e falar para os mais importantes líderes do planeta, na época. Em um discurso pra lá de emocionante, a menina pediu aos adultos mais respeito pelo mundo que eles deixariam para ela e suas futuras gerações. (Assista ao vídeo da apresentação de Suzuki na Eco92, no final deste texto).

Vinte anos depois, a Rio+20 reunirá os líderes de todo o mundo para fazer um balanço do que foi feito nas últimas duas décadas e discutir novas maneiras de recuperar os estragos que já fizemos no planeta, sem deixar de progredir. Mas pensar em alternativas para diminuir o impacto da humanidade na Terra não é responsabilidade, apenas, dos governantes: é nossa também. Afinal, todas as atitudes que tomamos no dia a dia - do tempo que demoramos para escovar os dentes ao meio de transporte que escolhemos para ir à escola - afetam, de alguma maneira, o planeta e, por consequência, nossa vida.

Por isso, no mesmo período da reunião oficial da Rio+20, o Rio de Janeiro sediará, também, a Cúpula dos Povos: um evento que contará com debates, palestras e uma porção de outras atividades, sobre os mesmos temas da Conferência da ONU, mas que serão promovidos por grupos da sociedade civil - como ONGs e empresas.

A ideia é que todos os setores da sociedade discutam, ao mesmo tempo, maneiras de transformar o planeta em um lugar melhor para vivermos. Afinal, a união faz a força, certo? E até mesmo quem estiver de fora dessas duas reuniões pode ajudar, pensando em maneiras de diminuir seu impacto na Terra. Que tal tomar banhos mais curtos? Ou desligar a TV, enquanto usa o computador e vice-versa? Pense em atitudes que você pode adotar para melhorar o planeta em que vivemos e compartilhe com seus amigos, pais e professores - e, também, aqui, com a gente! Você pode incentivar muitas outras pessoas a fazer o mesmo...

Para se inspirar, assista ao discurso da menina Severn Suzuki, na Eco92:



*Você sabia que hoje, quase vinte anos depois da Eco92, três dos quatro fundadores do movimento Eco, que juntaram dinheiro para Suzuki discursar na Conferência, continuam engajados em questões sociais e ambientais? Suzuki é ativista da fundação David Suzuki, criada pelo seu pai, e dá palestras no mundo inteiro sobre sustentabilidade. Morgan Geisler é integrante do Greenpeace e Michelle Quigg é advogada e trabalha na área de imigração, refúgio e justiça social. Legal, né?

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*ONU 
*Rio+20

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/planetinha/fique-ligado/rio-20-conferecia-onu-desenvolvimento-sustentavel-635317.shtml

quarta-feira, 7 de março de 2012

Fuvest divulga lista de livros obrigatórios para seleção de 2013


Fuvest divulga lista de livros obrigatórios para seleção de 2013

A Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) divulgou  a lista de obras de leitura obrigatória para o vestibular 2013 da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A relação sofreu quatro alterações em relação ao conjunto de títulos do vestibular de 2012. Confira a lista:

- Viagens na minha terra, de Almeida Garrett;

- Til, de José de Alencar;

- Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida;

- Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis;

- O cortiço, de Aluísio Azevedo;

- A cidade e as serras, de Eça de Queirós;

- Vidas secas, de Graciliano Ramos;

- Capitães da areia, de Jorge Amado;

- Sentimento do mundo, de Carlos Drummond de Andrade.

Segundo a organização da seleção, as mudanças estão de acordo com o manual do candidato do último vestibular.
As informações sobre este processo foram divulgadas pela faculdade ou instituto responsável pelo exame. Nem sempre as alterações no processo são informadas ao Terra. Em caso de dúvidas, consulte diretamente o site da instituição.

Boa Leitura e boa sorte!!!!

Fonte: Terra

terça-feira, 6 de março de 2012

'Vamos precisar de cinco planetas Terra', diz Sha Zukang

'Vamos precisar de cinco planetas Terra', diz Sha Zukang

Secretário-geral da ONU para conferência Rio+20 diz que turbulência financeira não é desculpa para ignorar crise ambiental.

Se países como Brasil, China e Índia resolverem copiar o estilo de vida dos países ricos, a conta não fecha. Seriam necessários cinco planetas Terra para atender a tamanha demanda. O diagnóstico foi feito pelo chinês Sha Zukang, secretário-geral da ONU para a Rio+20, a conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável que será realizada na cidade entre os dias 20 e 22 de junho. De passagem pelo Brasil para preparar a logística do encontro e participar de negociações com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, Sha deixou claro que "é urgente definir um conjunto de objetivos para garantir o sucesso da conferência". E admitiu: "Não podemos falhar".

O Globo: Qual é sua expectativa para a Rio+ 20, já que, no fim do mês, será realizado em Nova York mais um encontro para definir o documento da conferência?
Sha Zukang: Em janeiro último, definimos o "rascunho zero" do documento final da Rio+20. O prazo final para entrega das propostas foi no último dia 29 de fevereiro, mas ainda estamos esperando algumas contribuições. Só depois que recebermos todas as propostas dos países é que vamos começar as negociações. Estamos tendo muitas dificuldades nessas reuniões preparatórias. Está bem difícil chegar a um acordo. Depois de todas as reuniões preparatórias, teremos apenas 15 dias para fechar as negociações. A restrição de tempo é uma das nossas maiores dificuldades.

O Globo: O senhor acredita que a crise financeira internacional também é um empecilho?
Sha: Sem dúvida a situação internacional não é muito favorável, até porque ela está atingindo os países ricos. E são justamente esses países os que têm mais responsabilidades na discussão climática. E para piorar ainda mais a situação, esses países estão, nesse momento, preocupados com as eleições nos seus próprios países. E são justamente os países da zona do euro os maiores doadores. E como a transição para uma economia de baixo carbono necessita de recursos financeiros, temos um problema, porque os países que são grandes doadores estão em crise financeira. Tudo isso está dificultando bastante as negociações. Ainda assim, estou confiante.

O Globo: A situação do mundo do ponto de vista ambiental está se agravando?
Sha: Temos que reconhecer que a situação é urgente, até porque muitas das decisões tomadas há 20 anos, na Rio-92, ainda não foram implementadas. E, nessas duas últimas décadas, a situação só piorou, tanto do ponto de vista da produção como do ponto de vista do consumo. O atual padrão de produção e consumo não pode continuar. É uma questão de sobrevivência da humanidade. Se todos os países emergentes, como Brasil, China e Índia, por exemplo, decidirem copiar o estilo de vida dos países desenvolvidos, seria necessários cinco planetas Terra para atender a todo esses aumento de demanda. Hoje, temos sete bilhões de pessoas no mundo; em 2050, seremos nove bilhões. Os recursos naturais estão dando sinais de escassez, enquanto a população mundial não para de crescer. E ainda precisamos erradicar a pobreza no mundo.

O Globo: Logo, o que o senhor está dizendo, é que a conta não está fechando?
Sha: Existe uma grande responsabilidade. Vejo a Rio+20 como uma chance histórica de cuidar do desenvolvimento sustentável. Em vez de olharmos como uma questão de países desenvolvidos ou em desenvolvimento, é um tema que une toda a humanidade. Não podemos falhar, temos que ter sucesso.

O Globo: Qual é o papel do Brasil nesse contexto?
Sha: O Brasil é um líder, e não digo isso apenas para agradar ao país anfitrião. É um país grande, com influência regional e global. E fez um trabalho tremendo em integrar os três pilares: social, econômico e ambiental. Há ótimas experiências em erradicação de pobreza sob a gestão do presidente Lula e do atual governo.

O Globo: O que se espera do resultado da Rio+20?
Sha: Devemos ser ambiciosos e muito práticos. Precisamos de objetivos. Claro que teremos palavras ao negociar, mas precisamos é de ação. A economia verde é o principal tema. Precisamos de um plano amplo, com etapas, opções de políticas e um conjunto de boas práticas. Também é interessante uma espécie de leve responsabilidade e um fórum que possa rever e acompanhar o que estiver em curso. É preciso de objetivos para medir quanto progresso estamos fazendo. Um conjunto de objetivos é absolutamente necessário. Outro ponto importante é o arcabouço institucional. Algumas propostas defendem uma espécie de conselho de desenvolvimento sustentável ou uma comissão.

O Globo: Por que a mudança climática não está na agenda da Rio+20?
Sha: Mudança climática é um tema sustentável. Quaisquer resultados que tenhamos vão certamente facilitar a questão da mudança climática e temos como o uso eficiente de energia. Tudo está relacionado. Não é verdade [que o assunto mudança climática não será tratado]. Mas a Rio+20 está tratando de um assunto muito mais amplo e maior do que a questão climática.

O Globo: O que é a economia verde?
Sha: Temos um debate sobre a definição [do que é economia verde]. Não há uma definição clara. Pessoas diferentes têm visões diferentes. Mas certamente concordamos que [economia verde] não é um substituto para desenvolvimento sustentável, não deve levar ao protecionismo nem gerar condicionalidades para ajudas. A economia verde pode permitir a criação de postos de trabalho e tem o potencial de integrar os três pilares: econômico, social e ambiental. Mas a verdade é que atualmente muitos países praticam a economia verde. No meu país (China), fizemos uma legislação específica. Até países africanos são exemplos.

O Globo: Diante da atual situação internacional, podemos esperar que países doadores e instituições internacionais abram seus cofres?
Sha: A questão financeira é crítica para os países em desenvolvimento. Por que temos uma conferência sobre desenvolvimento sustentável? Porque não há sustentabilidade. Os países em desenvolvimento são o que podemos chamar de vítimas. Não estou culpando ninguém, mas nosso passado de desenvolvimento nos últimos 400 anos criou os problemas que enfrentamos hoje. Países em desenvolvimento não foram responsáveis por isso, eles estavam ocupados demais em encher seus estômagos. Já os países desenvolvidos têm responsabilidade de cumprir os compromissos já feitos, senão vão perder credibilidade. É por isso que dou ênfase à palavra implementação. Foi feito um compromisso há 20 anos. Não precisamos de mais palavras, mas de ações.

O Globo: Mas como esperar doações quando os países desenvolvidos estão em crise?
Sha: A maior parte dos países doadores está enfrentando problemas financeiros. Nós só podemos desejar que esses problemas acabem em breve ou muito rapidamente. Ficamos felizes, por exemplo, com o fato de os Estados Unidos estarem se recuperando. Mas a crise financeira é temporária, de curto prazo, enquanto o desenvolvimento sustentável é [uma questão] para o futuro, longo prazo. Não misturem. Os países desenvolvidos devem olhar à frente, com uma visão de longo prazo. Desenvolvidos ou em desenvolvimento, todos temos responsabilidades comuns. Deixe-me também enfatizar que a sustentabilidade deve ser uma responsabilidade do país. Nenhum país deve depender apenas da ajuda dos países desenvolvidos. Para alguns, alguma assistência será necessária para dar o pontapé ou acelerar o processo.

O Globo: Quais devem ser os pontos mais delicados do processo de negociação?
Sha: Como mencionei, o tempo deve ser a principal barreira. E há a questão da definição de economia verde, que não existe. Além disso, teremos que negociar algumas regras, que eventualmente vão restringir o comércio. Alguns objetivos podem afetar os países em desenvolvimento, que podem não ser capazes de atingir os critérios e perder mercado. Também terão que ter tecnologia, coisa que países pobres geralmente não têm. Nem possuem recursos para comprar. Essas são as preocupações. Não podemos ter objetivos ou critérios como uma fórmula que sirva para todos. O desenvolvimento sustentável deve ser apenas o começo, não um fim.

O Globo: O que é mais difícil para os países mudarem?
Sha: Os países desenvolvidos estão acostumados a um estilo de vida, então não é um trabalho simples mudar. Até para emergentes como China e Brasil não é fácil. O uso de energias renováveis, por exemplo, é muito bom. Vamos usar energia eólica, solar, hidrelétrica, nuclear. Mas elas são caras, quem vai pagar? Como atingir o equilíbrio entre usar a energia que vai reduzir a emissão de carbono, mas ao mesmo tempo ter energia suficiente para produzir comida? O importante, no entanto, é que transformemos desafios em oportunidades.