A partir de 1970, o empresário Eiji Toyoda (1913) implantou no Japão um novo modelo produtivo, pois o Fordismo era inviável num país arrasado pela Segunda Guerra Mundial e com mercado, capital e matéria-prima escassa.
Uma série de mudanças na produção foi implantada com a finalidade de romper com a rigidez do modelo predominante e assim ampliar a oferta e a variedade de produtos. Caracterizada pela capacidade de adaptação das maquinas durante o processo, essa iniciativa resultou no aumento das condições de competitividade e apresentou excelentes resultados naquilo que passou a ser a essência do modelo japonês de produção: a flexibilidade.
A utilização de maquinas cada vez mais sofisticadas (autômatos flexíveis), a reengenharia gerencial e administrativa da produção associadas à organização hierárquica, a interação dos engenheiros de projeto, programadores e operários, que agora “pensam e executam”, criaram novas regras.
Assim se constituiu o que se passou a se chamar toyotismo, um modelo de produção industrial baseado nas tecnologias da automação e da robotização e nas novas tecnologias da informação, na flexibilidade da produção (Just-in-time ou produção enxuta), nos contratos de trabalho e dos salários, no aumento do numero de trabalhadores temporários e na manutenção dos estoques mínimos. A regra era produzir apenas quando os clientes efetivavam a encomenda. A variação da produção passou a ser “de uma hora para outra”, atendendo às constantes oscilações do mercado consumidor e as mudanças aceleradas nas formas e técnicas de trabalho.
A produção enxuta, baseada no corte de gastos onde for possível, resultou num processo de terceirização muito grande. Grandes empresas agora repassam algumas atividades para as pequenas e medias empresas subcontratadas, diminuindo assim sua rotina burocrática e as despesas com encargos sociais.
O Toyotismo encontrou respaldo no estado neoliberal, também enxuto, que diminuiu as garantias sociais e o poder de reivindicação dos operários, e que assiste ao aumento do desemprego sem estratégias para combatê-lo.
Em termos geográficos, o toyotismo resultou no surgimento de tecnopolos –novos complexos cientifico - produtivos ligados a universidades e centros de pesquisa.
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