Para atender as suas necessidades materiais, o homem só dispõe da natureza e dela sempre se valeu. Os primeiros homens exploravam a natureza por meio da coleta de plantas, da caça e da pesca, a fim de suprirem as suas necessidades alimentares básicas. Eles organizavam o espaço físico de acordo com suas necessidades de proteção e abrigo.
Fazendo uso da inteligência, os homens passaram a dominar a natureza por uso de técnicas que melhoraram sua condição de vida. Os primeiros avanços técnicos nasceram provavelmente do acaso ou da imitação da natureza. A partir do instinto de preservação e da experimentação elementar, os homens foram percebendo acontecimentos casuais e, também, fatos decorrentes de suas intervenções, aperfeiçoando suas ações e acumulando conhecimento.
A descoberta e o uso do fogo no cozimento dos alimentos, aquecimento e na iluminação, foram a primeira grande manifestação técnica da humanidade. Nessa época, nasceram também as técnicas de aproveitamento da pedra lascada, usada como objeto cortante, que foi de grande importância para a construção de armas e utensílios domésticos.
Com a evolução, ao instinto e a casualidade, juntaram-se o conhecimento adquirido e a criatividade, diante dos novos desafios. As técnicas se aprimoraram com o uso da pedra polida, da agricultura, da domesticação e criação de animais, da conservação de alimentos etc. a seguir veio à descoberta dos metais com a utilização inicial do bronze e do ferro o que fez o homem se impor diante das dificuldades impostas pelo meio.
Verdadeiramente, o desenvolvimento do homem, sua evolução técnica e capacidade inventiva sempre tiveram ligados a uma questão historicamente elementar, porem definitiva para o arranque e o aprimoramento das sociedades: a necessidade. Este é provavelmente o fator que transformou o coletor em agricultor e o caçador em criador, dentro da perspectiva de prover as necessidades alimentares do grupo de forma planejada.
Na associação da criatividade com a experiência, o homem construiu conhecimentos que tem como objetivo buscar soluções para problemas práticos. Assim nasceu a tecnologia: conjunto de conhecimentos, especialmente princípios científicos, que se aplicam a um determinado ramo de atividade para geração de bens úteis a sociedade.
Podemos entender que a sociedade contemporânea é uma sociedade tecnológica, na qual as relações se encontram profunda e intensamente marcadas pelas mídias e demais tecnologias, gerando novas configurações e complexidades.
Mas isso senhoras, senhores senhoritas e indecisos não surgiu do nada. O grande impacto tecnológico que a historia conheceu capaz de alterar profundamente as estruturas das economias das sociedades da época, foi a primeira Revolução Industrial. Ela ocorreu na Europa em meados do século XVIII ao final do século XIX, tendo a Inglaterra na sua liderança. A utilização da maquina à vapor, suprida pela queima do carvão mineral, possibilitou uma aumento significativo da produção, especialmente a têxtil.
A Segunda Revolução Industrial, iniciada no final do século XIX, indo até a década de 1970, foi liderada especialmente pelos EUA. Foi marcada pela utilização do petróleo e da eletricidade, e teve caráter monopolista, com grande presença dos Estados na economia. Esse período foi marcado por grandes avanços técnicos e trabalhistas, tendo nas indústrias siderúrgicas, e petroquímicas e automobilísticas suas principais representantes.
A Terceira Revolução Industrial iniciou-se nas ultimas décadas do século XX, sendo marcada pelo domínio do conhecimento sobre o produto, com forte presença de setores como informática, a robótica, as telecomunicações e a biotecnologia. Lideram esta fase o Japão, EUA e os países da Europa Ocidental.
A terceira Revolução Industrial é à base de sustentação de um dos fenômenos mais polêmicos na atualidade: a globalização. O rápido desenvolvimento cientifico-tecnologico modificou as relações de trabalho de quem efetivamente participa do processo produtivo, alem de permitir o encurtamento das distancias geográficas, colocando o mundo conectado pela informação em tempo real.